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terça-feira, dezembro 23, 2008

Émile Durkheim - limites para quota de anormalidade

Émile Durkheim, o fundador da sociologia, ensinava que há um limite para a quota de anormalidade que a mente coletiva é capaz de perceber. Pode-se compreender isso em dois sentidos, simultâneos ou alternados:

I - Quando os padrões descem abaixo do limite, a sociedade automaticamente ajusta o seu foco de percepção para achar normal o que antes lhe parecia anormal, para aceitar como banal, corriqueiro e até desejável o que antes a assustava como inusitado e escandaloso.

II - Quando a anormalidade é excessiva, transcendendo os limites da quota admissível, ela tende a passar despercebida ou a ser simplesmente negada: o intolerável transfigura-se em inexistente.

Embora dificilmente corresponda a quantidades mensuráveis, a “constante de Durkheim”, como veio a ser chamada, revelou-se um instrumento analítico eficiente, sobretudo nos momentos de aceleração histórica, em que várias mudanças de padrão se sucedem e se encavalam no prazo de uma só geração, podendo ser observadas, digamos assim, com os olhos da cara.

Porém o mais interessante não é a aplicação do princípio para fins explicativos, e sim a sua utilização prática.

No sentido I, o princípio é aplicado por meio da pressão suave e contínua, rebaixando cuidadosamente, lentamente, progressivamente os níveis de exigência, primeiro no imaginário popular, por meio das artes e espetáculos, depois na esfera das idéias e dos valores educacionais, em seguida no campo do ativismo aberto que proclama as novidades mais aberrantes como direitos sagrados e por fim na esfera das leis, criminalizando os adversos e recalcitrantes, se ainda restarem alguns. Com uma constância quase infalível, nota-se que os autoproclamados conservadores se amoldam passivamente – às vezes confortavelmente – à mudança, sem perceber que sua nova identidade foi vestida neles desde fora como uma camisa-de-força por aqueles que mais os odeiam.

Na acepção II, a “constante de Durkheim” é usada para virar a sociedade de cabeça para baixo, da noite para o dia, sem encontrar qualquer resistência, por meio de mentiras e blefes tão colossais que a população instintivamente se recuse a acreditar que há algo de real por trás deles. As próprias vítimas do engodo reagem com veemência a qualquer tentativa de denunciá-lo, pois sentem que admitir a realidade da coisa seria uma humilhante confissão de idiotice. Para não sentir que foi feito de idiota, um povo aceita ser feito de idiota sem sentir, confirmando o velho ditado judeu: “O idiota não sente”.

Fonte: http://ervilk.canalblog.com/archives/2008/11/08/11288731.html

 

terça-feira, dezembro 02, 2008

Maquina Registradora como surgiu

Numa viagem de barco, o americano James Jacob ficou fascinado com a máquina que contava giros da hélice. Ele instantaneamente imaginou que a mesma técnica poderia ser utilizada para resolver os problemas de controle de caixa em seu bar.

Em 1879 ele então criou uma máquina que media a quantidade de dinheiro que entrava e saía através das teclas representando quantias de dinheiro.

Ele abriu então uma fábrica dessas primeiras máquinas registradoras e tamanho foi o sucesso que enriqueceu em pouco tempo.

 

Fonte: Revista Superinteressante

Como surgiu o carrinho de supermercado

Sylvan Goldman, dono de uma rede de supermercados americana, imaginou que um objeto leve grande e fácil de transportar faria com que as pessoas se entusiasmassem e gastassem muito mais em suas lojas.

Com a ajuda de um mecânico, construiu uma grade de metal com rodinhas, praticamente igual aos carrinhos de supermercado que existem até hoje. Para popularizar seu invento ele contratou modelos que demonstravam como se utilizar-lo.

O sucesso foi tão grande que a invenção é muito utilizada ainda hoje.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Rainer Maria Rilke psicografava?

Leiam esses versos do poeta alemão Rainer Maria Rilke (das Elegias de Duíno) e me digam se não parece uma psicografia. O próprio poeta admitiu para uma amiga que sua inspiração parecia uma coisa sobrenatural. Prestem atenção nos trechos que ele fala de jovens mortos onde se pode ler por exemplo:

“Que eles querem de mim? Lentamente devo dissipar
A aparência de injustiça que às vezes dificulta um pouco
O puro movimento de seus espíritos. “

Talvez essa fosse a razão para qual ele deveria escrever sobre sentimentos tão profundos: Aliviar o espírito daqueles que embora já mortos precisavam justificar seus erros e atitudes que tiveram quando vivos.

 E ainda, na seqüência das elegias há uma farta referência ao mundo espiritual.

Eu pessoalmente achei isso muito interessante Chega a me ocorrer que parte da obra de Rilke talvez fosse obra de espíritos sem que ele tivesse total consciência disso.

Antes do poema uma explicação sobre as elegias que Rilke escreveu (retiradas do site: http://www.culturapara.art.br):

"As Elegias de Duíno, de Rilke, constituem não só uma das mais importantes obras da literatura alemã da primeira metade do século XX, como também uma das poéticas mais significativas do nosso tempo.

Ainda que várias circunstâncias tivessem concorrido para retardar a conclusão desse longo poema, onde se encontra visão poética e trágica de um mundo que desaparece, essa demora foi em grande parte motivada - segundo testemunho de Maurice Betz - pela preocupação do poeta em lhe dar a necessária unidade.

Escritas, como foram, sob a pressão de uma força que ao poeta pareceu de origem sobrenatural, como ele mesmo relatou em carta a Marie von Thurn und Taxis e Lou Andreas Salomé, as elegias mostram, em inúmeros trechos, a preocupação absorvente e exclusiva de Rilke em transmitir a sua mensagem, o seu descobrimento, embora para isso tivesse de forçar, como forçou por vezes na V elegia, a lógica da linguagem e, em certos versos, a própria estrutura da língua alemã.

O tema central das Elegias é o mistério do homem e de seu destino num mundo que desaparece. Ao redor, porém, desse tema central alguns temas secundários formam a estrutura do poema. E o primeiro objetivo de uma interpretação deve consistir na revelação desses temas secundários, na manifestação do que eles encobrem e pressupõem. Entre estes o tema do anjo é o que aparece em primeiro lugar. Encontramo-lo já no primeiro verso da I, e ele volta a aparecer nas II, IV, V, VII, e X elegias. O anjo é aquele que, como notou E. Schmuidt-Pauli, representa nas elegias uma realidade espiritual superior.(...)

As Elegias representam a obra culminante realizada pelo poeta nessa segunda fase da sua evolução. Nela está condensada toda a sua experiência artística e humana, os dramas de sua vida, o problema do amor e a concepção da vida e da morte como um todo inseparável no tempo, dentro do qual existimos ou deixamos de existir.

Nas elegias, a forma adotada pelo poeta difere sensivelmente daquela em que foram escritas as suas obras anteriores. Sem rima e sem métrica, em verso livre (com exceção da quarta e da oitava que estão escritas no equivalente alemão do "blank verse" inglês, como observou C.M. Bowra, no seu estudo sobre tradição simbolista) as Elegias antecipam, por assim dizer, a seqüência psicológica que T. S. Eliot usou em "Waste Land".

PRIMEIRA ELEGIA

Quem se eu gritasse, me ouviria pois entre as ordens
Dos anjos? E dado mesmo que me tomasse
Um deles de repente em seu coração, eu sucumbiria
Ante sua existência mais forte. Pois o belo não é
Senão o início do terrível, que já a custo suportamos,
E o admiramos tanto porque ele tranqüilamente desdenha
Destruir-nos. Cada anjo é terrível.
E assim me contenho pois, e reprimo o apelo

De obscuro soluço. Ah! A quem podemos
Recorrer então? Nem aos anjos nem aos homens,
E os animais sagazes logo percebem
Que não estamos muito seguros
No mundo interpretado. Resta-nos talvez
Alguma árvore na encosta que diariamente
Possamos rever. Resta-nos a rua de ontem
E a mimada fidelidade de um hábito,
Que se compraz conosco e assim fica e não nos abandona.
Ó e a noite, a noite, quando o vento cheio dos espaços
Do mundo desgasta-nos o rosto -, para quem ela não é /sempre a desejada,
Levemente decepcionante, que para o solitário coração
Se impõe penosamente. Ela é mais leve para os amantes?
Ah! Eles escondem apenas um com o outro a própria sorte.
Não o sabes ainda? Atira dos braços o vazio
Para os espaços que respiramos; talvez que os pássaros
Sintam o ar mais vasto num vôo mais íntimo.

Sim, as primaveras precisavam de ti.Muitas estrelas
Esperavam que tu as percebesses. Do passado
Erguia-se uma vaga aproximando-se, ou
Ao passares sob uma janela aberta,
Um violino se entregava. Tudo isso era missão.
Mas a levaste ao fim? Não estavas sempre
Distraído pela espera, como se tudo te ansiasse
A bem amada? (onde queres abrigá-la
Então, se os grandes e estranhos pensamentos entram
E saem em ti e muitas vezes ficam pela noite.)
Se a nostalgia te dominar, porém, cantas as amantes; muito
Ainda falta para ser bastante imortal seu celebrado sentimento.
Aquelas que tu quase invejaste, as desprezadas, que tu
Achaste muito mais amorosas que as apaziguadas. Começa
Sempre de novo o louvor jamais acessível;
Pensa: o herói se conserva, mesmo a queda lhe foi
Apenas um pretexto para ser : o seu derradeiro nascimento.
As amantes, porém, a natureza exausta as toma
Novamente em si, como se não houvesse duas vezes forças para realizá-las.
Já pensaste pois em Gaspara Stampa
O bastante para que alguma jovem,
A quem o amante abandonou, diante do elevado exemplo
Dessa apaixonada, sinta o desejo de tornar-se como ela?
Essas velhíssimas dores afinal não se devem tornar
Mais fecundas para nós? Não é tempo de nos libertarmos,
Amando, do objeto amado e a ele tremendo resistirmos Como a flecha suporta à corda, para, concentrando-se no salto Ser mais do que ela mesma?
Pois parada não há em /parte alguma.

Vozes, vozes.Escuta, coração como outrora somente
os santos escutavam: até que o gigantesco apelo
levantava-os do chão; mas eles continuavam ajoelhados,
inabaláveis, sem desviarem a atenção:
eles assim escutavam. Não que tu pudesses suportar
a voz de Deus, de modo algum. Mas escuta o sopro,
a incessante mensagem que nasce do silêncio.
Daqueles jovens mortos sobe agora um murmúrio em direção /a ti.
Onde quer que penetraste, nas igrejas
De Roma ou de Nápoles, seu destino não falou a ti, /tranqüilamente?
Ou uma augusta inscrição não se impôs a ti
Como recentemente a lousa em Santa Maria Formosa.
Que eles querem de mim? Lentamente devo dissipar
A aparência de injustiça que às vezes dificulta um pouco
O puro movimento de seus espíritos.

Certo, é estranho não habitar mais terra,
Não mais praticar hábitos ainda mal adquiridos,
Às rosas e outras coisas especialmente cheias de promessas
Não dar sentido do futuro humano;
O que se era, entre mãos infinitamente cheias de medo
Não ser mais, e até o próprio nome
Deixar de lado como um brinquedo quebrado.
Estranho, não desejar mais os desejos. Estranho,
Ver tudo o que se encadeava esvoaçar solto
No espaço. E estar morto é penoso
E cheio de recuperações, até que lentamente se divise
Um pouco da eternidade. - Mas os vivos
Cometem todos o erro de muito profundamente distinguir.
Os anjos (dizem) não saberiam muitas vezes
Se caminham entre vivos ou mortos. A correnteza eterna
Arrebata através de ambos os reinos todas as idades
Sempre consigo e seu rumor as sobrepuja em ambos.

Finalmente não precisam mais de nós os que partiram cedo,
Perde-se docemente o hábito do que é terrestre, como o /seio materno
suavemente se deixa, ao crescer.Mas nós que de tão grandes
mistérios precisamos, para quem do luto tantas vezes
o abençoado progresso se origina - : poderíamos passar /sem eles?
É vã a lenda de que outrora, lamentando Linos,
A primeira música ousando atravessou o árido letargo,
Que então no sobressaltado espaço, do qual um quase /divino adolescente
escapou de súbito e para sempre, o vazio entrou
naquela vibração que agora nos arrebata e consola e ajuda?


Traduções do poeta paraense Paulo Plínio Abreu
publicadas no jornal "Folha do Norte" entre os anos
de 1946 e 1948, realizadas em parceria com o
antropólogo alemão Peter Paul Hilbert.

 

terça-feira, novembro 25, 2008

Clarice Lispector - Pensamentos

 (...) Minha vida é um único dia. E é assim que o passado me é presente e futuro. Tudo numa só vertigem. E a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma. Viver é mágico e inteiramente inexplicável. Eu compreendo melhor a morte. Ser cotidiano é um vício. O que sou? Sou um pensamento. Tenho em mim o sopro? tenho? mas quem é esse tem? quem é que fala por mim? tenho um corpo e espírito? eu sou um eu? "É exatamente isto, você é um eu”, responde-me o mundo terrivelmente. E fico horrorizado. Deus não deve ser pensando jamais senão Ele foge e eu fujo. Deus deve ser ignorado e sentido. Então Ele age. Pergunto-me porque Deus pede tanto que seja amado por nós? resposta possível: porque assim nós amamos a nós mesmos e em nos amando, nós nos perdoamos. E como precisamos de perdão. Porque a própria vida já vem mesclada ao erro.(...)

Clarice Lispector (‘Um sopro de Vida’,Editora Nova Fronteira p. 17-18)

(...)

Nós ainda somos moços podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira.

Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória de cada dia.

Não temos amado, acima de todas as coisas.

Não temos  aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos.

Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro.

Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada.

Temos construído catedrais, e ficando do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas.

Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.

Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.

Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda.

Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes.

Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios.

Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível.

Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa.

Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada.

Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa.

Falar no que realmente importa é considerado uma gafe.

Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses.

Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz.

Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos.

Temos chamado de fraqueza a nossa candura.

Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo.

E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.

Mas eu escapei disso...

(...)

Clarice Lispector (‘Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres’, Nova Fronteira, 8a. ed. 1980,p. 49-50)

Poemas de Dylan thomas

O poeta Dylan Marlais Thomas nasceu em Swansea, no País de Gales, a 27 de outubro de 1914. Considerado um dos maiores poetas do século XX em língua inglesa, juntamente com W.Carlos Williams, Wallace Stevens, T.S. Eliot e W.B. Yeats. Dylan Thomas teve uma vida muito curta, devido a exagerada boemia que o levou ao fim de seus dias aos 39 anos, mas, ainda teve tempo de nos deixar um legado poético que o tornou um dos maiores influenciadores de toda uma geração de escritores."

EM MEU OFÍCIO OU ARTE TACITURNA

Em meu ofício ou arte taciturna
Exercido na noite silenciosa
Quando somente a lua se enfurece
E os amantes jazem no leito
Com todas as suas mágoas nos braços,
Trabalho junto à luz que canta
Não por glória ou pão
Nem por pompa ou tráfico de encantos
Nos palcos de marfim
Mas pelo mínimo salário
De seu mais secreto coração.

Escrevo estas páginas de espuma
Não para o homem orgulhoso
Que se afasta da lua enfurecida
Nem para os mortos de alta estirpe
Com seus salmos e rouxinóis,
Mas para os amantes, seus braços
Que enlaçam as dores dos séculos,
Que não me pagam nem me elogiam
E ignoram meu ofício ou minha arte.

(tradução: Ivan Junqueira)

ESTE LADO DA VERDADE 

Para Llewlyn

Este lado da verdade,
Meu filho, tu não podes ver,
Rei de teus olhos azuis
No país que cega a tua juventude,
Que está todo por fazer,
Sob os céus indiferentes
Da culpa e da inocência
Antes que tentes um único gesto
Com a cabeça e o coração,
Tudo estará reunido e disperso
Nas trevas tortuosas
Como o pó dos mortos.

O bom e o mau, duas maneiras
De caminhar em tua morte
Entre as triturantes ondas do mar,
Rei de teu coração nos dias cegos,
Se dissipam com a respiração,
Vão chorando através de ti e de mim

(tradução: Ivan Junqueira)

.

POEMA DE OUTUBRO

Era o meu trigésimo ano rumo ao céu
Quando chegou aos meus ouvidos, vindo do porto
e do bosque ao lado,
E da praia empoçada de mexilhões
E sacralizada pelas garças
O aceno da manhã

Com as preces da água e o grito das gralhas e gaivotas
E o chocar-se dos barcos contra o muro emaranhado de redes
Para que de súbito
Me pusesse de pé
E descortinasse a imóvel cidade adormecida.

Meu aniversário começou com as aves marinhas
E os pássaros das árvores aladas esvoaçavam o meu nome
Sobre as granjas e os cavalos brancos
E levantei-me
No chuvoso outono
E perambulei sem rumo sob o aguaceiro de todos os meus dias.
A garça e a maré alta mergulhavam quando tomei a estrada
Acima da divisa
E as portas da cidade
Ainda estavam fechadas enquanto o povo despertava.

Toda uma primavera de cotovias numa nuvem rodopiante
E os arbustos à beira da estrada transbordante de gorjeios
De melros e o sol de outubro
Estival
Sobre os ombros da colina,
Eram climas amorosos e houve doces cantores
Que chegaram de repente na manhã pela qual eu vagava e ouvia
Como se retorcia a chuva
O vento soprava frio No bosque ao longe que jazia a meus pés.

Pálida chuva sobre o porto que encolhia
E sobre o mar que umedecia a igreja do tamanho de um caracol
Com seus cornos através da névoa e do castelo
Encardido como as corujas Mas todos os jardins
Da primavera e do verão floresciam nos contos fantásticos
Para além da divisa e sob a nuvem apinhada de cotovias.
Ali podia eu maravilhar-me
Meu aniversário Ia adiante mas o tempo girava em derredor.

Ao girar me afastava do país em júbilo
E através do ar transfigurado e do céu cujo azul se matizava
Fluía novamente um prodígio do verão
Com maçãs
Pêras e groselhas encarnadas
E no girar do tempo vi tão claro quanto uma criança
Aquelas esquecidas manhãs em que o menino passeava com sua mãe Em meio às parábolas
Da luz solar
E às lendas da verde capela

E pêlos campos da infância duas vezes descritos
Pois suas lágrimas me queimavam as faces e seu coração
se enternecia em mim.
Esses eram os bosques e o rio e o mar
Ali onde um menino
À escuta
Do verão dos mortos sussurrava a verdade de seu êxtase
Às árvores e às pedras e ao peixe na maré.
E todavia o mistério
Pulsava vivo Na água e nos pássaros canoros.

E ali podia eu maravilhar-me com meu aniversário
Que fugia, enquanto o tempo girava em derredor. Mas a verdadeira
Alegria da criança há tanto tempo morta cantava
Ardendo ao sol.
Era o meu trigésimo ano
Rumo ao céu que então se imobilizara no meio-dia do verão
Embora a cidade repousasse lá embaixo coberta de folhas no sangue de outubro.

Oh, pudesse a verdade de meu coração
Ser ainda cantada
Nessa alta colina um ano depois.

(tradução: Ivan Junqueira)

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AMOR NO HOSPÍCIO

Uma estranha chegou
A dividir comigo um quarto nessa casa que anda mal da cabeça,
Uma jovem louca como os pássaros

Que trancava a porta da noite com seus braços, suas plumas.
Espigada no leito em desordem
Ela tapeia com nuvens penetrantes a casa à prova dos céus

Até iludir com seus passos o quarto imerso em pesadelo,
Livre como os mortos,
Ou cavalga os oceanos imaginários do pavilhão dos homens.

Chegou possessa
Aquela que admite a ilusória luz através do muro saltitante,
Possuída pêlos céus
Ela dorme no catre estreito, e no entanto vagueia na poeira
E no entanto delira à vontade
Sobre as tábuas do manicômio aplainadas por minhas lágrimas deâmbulas.

E arrebatado pela luz de seus braços, enfim, meu Deus, enfim
Posso de fato
Suportar a primeira visão que incendeia as estrelas.

.(tradução: Ivan Junqueira)

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MORTES E ENTRADAS

Quase às vésperas incendiárias
De várias mortes próximas,
Quando alguém ante os despojos de quem mais amaste,
E desde sempre conhecido, tenha de abandonar
Os leões e as flamas de sua volátil respiração,
Quem dentre os teus amigos imortais
Elevaria o som dos órgãos do pó inventariado
Para lançar e cantar os teus louvores,
O que mais fundo os invocasse conquistaria a sua paz
Que não pode se afogar ou se esvair
Sem fim junto à sua chaga Nas muitas e alienantes dores
conjugais de Londres.

Quase às vésperas incendiárias
Quando diante de teus lábios e chaves,
Fechando, abrindo, se entrelacem os estranhos assassinados,
Aquele que é o mais desconhecido,
Teu vizinho, a estrela polar, sol de uma outra rua,
Mergulhará em tuas lágrimas.
Ele há de banhar teu sangue chuvoso no másculo oceano
Que percorrerá teu próprio morto
E fará girar sua esfera fora de teu fio de água
E entupirá as gargantas das conchas
Com todos os gritos desde que a luz
Começou a jorrar através de seus olhos tonitruantes.

Quase às vésperas incendiárias
De mortes e entradas,
Quando próximo e estranho, ferido nas ondas de Londres,
Hajas procurado a tua tumba solitária,
Um inimigo entre muitos, que bem sabe
Como cintila o teu coração
Nas trevas vigiadas, pulsando entre furnas e ferrolhos,
Arrancará os raios
Para tapar o sol, mergulhará, galgará tuas teclas sombrias
E fará definhar os ginetes para que recuem,
Até que aquele despojo adorado
Avulte como o último Sansão de teu zodíaco.

.(tradução: Ivan Junqueira)

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A LUZ IRROMPE ONDE NENHUM SOL BRILHA

A luz irrompe onde nenhum sol brilha;
onde não se agita qualquer mar, as águas do coração
impelem as suas marés;
e, destruídos fantasmas com o fulgor dos vermes nos cabelos,
os objectos da luz
atravessam a carne onde nenhuma carne reveste os ossos.

Nas coxas, uma candeia
aquece as sementes da juventude e queima as da velhice;
onde não vibra qualquer semente,
arredonda-se com o seu esplendor e junto das estrelas
o fruto do homem;
onde a cera já não existe, apenas vemos o pavio de uma candeia.

A manhã irrompe atrás dos olhos;
e da cabeça aos pés desliza tempestuoso o sangue
como se fosse um mar;
sem ter defesa ou protecção, as nascentes do céu
ultrapassam os seus limites
ao pressagiar num sorriso o óleo das lágrimas.

A noite, como uma lua de asfalto,
cerca na sua órbita os limites dos mundos;
o dia brilha nos ossos;
onde não existe o frio, vem a tempestade desoladora abrir
as vestes do inverno;
a teia da primavera desprende-se nas pálpebras.

A luz irrompe em lugares estranhos,
nos espinhos do pensamento onde o seu aroma paira sob a chuva;
quando a lógica morre,
o segredo da terra cresce em cada olhar
e o sangue precipita-se no sol;
sobre os campos mais desolados, detém-se o amanhecer.

( tradução: Fernando Guimarães)

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E A MORTE PERDERÁ O SEU DOMÍNIO

E a morte perderá o seu domínio.
Nus, os homens mortos irão confundir-se
com o homem no vento e na lua do poente;
quando, descarnados e limpos, desaparecerem os ossos
hão-de nos seus braços e pés brilhar as estrelas.
Mesmo que se tornem loucos permanecerá o espírito lúcido;
mesmo que sejam submersos pelo mar, eles hão-de ressurgir;
mesmo que os amantes se percam, continuará o amor;
e a morte perderá o seu domínio.

E a morte perderá o seu domínio.
Aqueles que há muito repousam sobre as ondas do mar
não morrerão com a chegada do vento;
ainda que, na roda da tortura, comecem
os tendões a ceder, jamais se partirão;
entre as suas mãos será destruída a fé
e, como unicórnios, virá atravessá-los o sofrimento;
embora sejam divididos eles manterão a sua unidade;
e a morte perderá o seu domínio.

E a morte perderá o seu domínio.
Não hão-de gritar mais as gaivotas aos seus ouvidos
nem as vagas romper tumultuosamente nas praias;
onde se abriu uma flor não poderá nenhuma flor
erguer a sua corola em direcção à força das chuvas;
ainda que estejam mortas e loucas, hão-de descer
como pregos as suas cabeças pelas margaridas;
é no sol que irrompem até que o sol se extinga,
e a morte perderá o seu domínio.

( tradução: Fernando Guimarães)

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A MÃO AO ASSINAR ESTE PAPEL

A mão ao assinar este papel arrasou uma cidade;
cinco dedos soberanos lançaram a sua taxa sobre a respiração; duplicaram o globo dos mortos e reduziram a metade um país;
estes cinco reis levaram a morte a um rei.

A mão soberana chega até um ombro descaído
e as articulações dos dedos ficaram imobilizadas pelo gesso;
uma pena de ganso serviu para pôr fim à morte
que pôs fim às palavras.

A mão ao assinar o tratado fez nascer a febre,
e cresceu a fome, e todas as pragas vieram;
maior se torna a mão que estende o seu domínio
sobre o homem por ter escrito um nome.

Os cinco reis contam os mortos mas não acalmam
a ferida que está cicatrizada, nem acariciam a fronte;
há mãos que governam a piedade como outras o céu;
mas nenhuma delas tem lágrimas para derramar.

( tradução: Fernando Guimarães)

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ESTE PÃO QUE VENHO ABRIR

Este pão que venho abrir foi outrora centeio,
este vinho sobre uma ramada desconhecida
ficou submerso nos seus frutos;
o homem em cada dia, em cada noite o vento
arrancaram a alegria dos cachos e derrubaram as searas.

Com o vinho, outrora o sangue de estio
palpitava na carne que ornamentava a videira,
outrora neste pão
era feliz sob o vento o centeio;
mas o homem despedaçou o sol e abateu o vento.

Esta carne que despedaças, este sangue
que traz a desolação pelas veias,
eram os cachos e o centeio
nascidos das raízes e da seiva dos sentidos;
este meu vinho que bebes, este pão de que te alimentas.

( tradução: Fernando Guimarães)

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A FORÇA QUE IMPELE
ATRAVÉS DO VERDE RASTILHO

A força que impele através do verde rastilho a flor
impele os meus verdes anos; a que aniquila as raízes das árvores
é o que me destrói.
E não tenho voz para dizer à rosa que se inclina
como a minha juventude se curva sob a febre do mesmo inverno.

A força que impele a água através das pedras
impele o meu rubro sangue; a que seca o impulso das correntes
deixa as minhas como se fossem de cera.
E não tenho voz para que os lábios digam às minhas veias
como a mesma boca suga as nascentes da montanha.

A mão que faz oscilar a água no pântano
agita ainda mais a areia; a que detém o sopro do vento
levanta as velas do meu sudário.
E não tenho voz para dizer ao homem enforcado
como da minha argila é feito o lodo do carrasco.

Como sanguessugas, os lábios do tempo unem-se à fonte;
fica o amor intumescido e goteja, mas o sangue derramado
acalmará as suas feridas.
E não tenho voz para dizer ao dia tempestuoso
como as horas assinalam um céu à volta dos astros.

E não tenho voz para dizer ao túmulo da amada como sobre o meu sudário rastejam os mesmos vermes.

Tradução: Fernando Guimarães

Via: http://www.culturapara.art.br

 

 

 

 

A Mosca por Roberto Shinyashiki

CERTA VEZ, DUAS MOSCAS CAÍRAM NUM COPO DE LEITE. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, porém, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga no qual ela subiu. Dali, conseguiu levantar vôo para longe.
Por favor, continue lendo esta história até o fim.
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido, novamente caiu num copo, desta vez cheio de água. Como pensou que já conhecia a solução daquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
"Tem um canudo ali, nade até lá e suba".
A mosca tenaz respondeu:
"Pode deixar que eu sei como resolver este problema".
E continuou a se debater mais e mais até que, exausta, afundou na água.

Soluções do passado, em contextos
diferentes, podem transformar-se em
problemas. Se a situação se modificou,
dê um jeito de mudar.

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças em redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão?
Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir. E por isso que os japoneses dizem que na garupa do sucesso vem sempre o fracasso. Os dois estão tão próximos que a arrogância pelo sucesso pode levar à displicência que conduz ao fracasso.
Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.
Se você leu apenas a primeira parte da história da mosca, talvez tenha pensado: "Essa eu já conheço". Leia o final para ver o que aconteceu com a mosca.
Agora responda: será que em alguma área de sua vida você está agindo como a mosca da história? Infelizmente, soluções do passado podem transformar-se em problemas no presente. Quando o contexto muda, as soluções mudam também. Ficar estagnado, esperando pelo retorno do passado, é tão inútil quanto esperar o bonde que passava antigamente.

É preciso estar atento

"Se a única ferramenta que você tem
é o martelo, você tende a tratar tudo como
se fosse um prego." (Abraham Maslow)

Roberto Shinyashiki (livro Os Donos do futuro)

 

segunda-feira, novembro 24, 2008

Meditar para descobrir a si mesmo

Homens! Aprendei a imergir em vós mesmos, a esquadrinhar os mais íntimos recônditos do vosso ser; interrogai-vos no silêncio e no retiro. E aprendereis a reconhecer-vos, a conhecer o poder escondido em vós. É ele que leva e faz resplandecer no fundo de vossas consciências as santas imagens do bem, da verdade, da justiça, e é honrando essas imagens divinas, rendendo-lhes um culto diário, que essa consciência, ainda obscura, se purifica e se ilumina.

Pouco a pouco, a luz se engrandece em nós outros. De igual modo que gradualmente, de maneira insensível, as sombras dão lugar à luz do dia, assim a Alma se ilumina das irradiações desse foco que reside nela e faz desabrochar, em nosso pensamento e em nosso coração, formas sempre novas, sempre inesgotáveis de verdade e de beleza. E essa luz é também harmonia penetrante, voz que canta na alma do poeta, do escritor, do profeta, e os inspira e lhes dita as grandes e fortes obras, nas quais eles trabalham para elevação da Humanidade. Mas, sentem essas coisas apenas aqueles que, tendo dominado a matéria, se tornaram dignos dessa comunhão sublime, por esforços seculares, aqueles cujo senso íntimo se abriu às impressões profundas e conhece o sopro potente que atiça os clarões do gênio, sopro que passa pelas frontes pensativas e faz estremecer os envoltórios humanos.

Leon Denis

 

segunda-feira, novembro 17, 2008

TIGELA DE MADEIRA-O velho e a familia

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade.

As mãos do velho eram trêmulas , sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa.

Mas as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam da colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

- Precisamos tomar uma providência com relação ao papai, disse o filho.- Já tivemos o suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com boca aberta e comida pelo chão.

Então eles decidiram colocar uma pequena mesinha no cantinho da cozinha.

Ali, o avô fazia suas refeições enquanto o restante da família comia à mesa com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida em uma tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos.

Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram ásperas quando ele deixava um talher cair no chão. O menino de quatro anos de idade assistia tudo em silêncio. Uma noite antes do jantar o pai percebeu que o filho estava assentado no chão, manuseando pedaços de madeira. Então perguntou delicadamente à criança:

- O que está fazendo? O menino respondeu docemente:

- Ah sim, estou fazendo uma tigela para você e outra para a mamãe comerem quando eu crescer. Depois de responder deu um sorriso e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos.

Então, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito.

Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente o conduziu à mesa para que fizesse sua refeição noturna.

Dali para frente até o final de seus dias ele comeu todas as refeições ao lado da família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, quando leite era derramado sobre a mesa ou a toalha da mesa se sujava.

De uma forma positiva era o aprendizado de que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.

Que se pode conhecer bem uma pessoa pela forma com que ela lida com três coisas: Um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçam.

Que não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.

Que saber ganhar a vida não é a mesma coisa que saber viver. Que a vida às vezes nos dá uma segunda chance. Que viver não é só receber, é também dar.

Dicas para Bem-viver

O pensador russo Gurdjieff, que no início do século passado já falava em auto-conhecimento e na importância de se saber viver, traçou algumas regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.

Segundo os especialistas em comportamento humano, quem consegue praticar a metade dessas lições, com certeza terá mais harmonia íntima e menos estresse.

As regras são as seguintes:

 

Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo.

Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

Aprenda a não se sentir culpado ou achar que magoou.

Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual.

Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser, você mesmo.

Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.

Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem achar que isso é o máximo a se conseguir na vida.

Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão.

Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação. Saiba que a família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

É preciso ter sempre alguém em quem se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros.

Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente. Uma hora de intenso prazer substitui com folga três horas de sono perdido.

O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca as oportunidades de se divertir.

Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.

Por fim, entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é o que fizer de você mesmo.

Você sabia? Que grande número de pessoas gasta boa parte do seu tempo em esforços inúteis e desnecessários?

Pois é! Uns gastam horas tentando fazer com que os outros aceitem suas idéias. Outros perdem horas de sono pensando no que irão dizer no dia seguinte, numa conversa que não acontecerá. Tem aqueles que se detém por longo tempo alimentando ilusões.

Isso prova que fazemos esforços inúteis ou até prejudiciais ao nosso bem-estar. Assim sendo, anote as regras de Gurdjieff e prepare-se para uma vida de melhor qualidade.

 

Ciume - Adversário da Felicidade

Eles formavam um casal harmônico.

Jovens e belos desfilavam pelas ruas de mãos dadas e sorrisos nos lábios.

Tudo parecia lhes sorrir.

Profissionais liberais, administravam sua agenda de forma que a profissão não lhes tomasse todas as horas.

Escoavam os meses e se reprisavam os anos de gentilezas, traduzindo carinhoso afeto. Até que um dia, um cliente mais ousado tomou atitudes indevidas e, embora fosse rechaçado com firmeza pela jovem esposa, o esposo se encheu de ciúmes.

A partir de então, o relacionamento começou a deteriorar.

Ele se tornou frio para com ela. Os diálogos amigos se transformaram em monossílabos forçados. Ela passou a agasalhar mágoa no seu coração.

Finalmente, optaram pela separação. A pedido dela, ele saiu de casa. Agora se encontravam somente no campo profissional, pois trabalhavam no mesmo local.

As noites solitárias começaram a se tornar intermináveis e ele passou a sentir a falta dela. Analisou os motivos da separação e descobriu que havia sido muito infantil.

Resolveu pedir desculpas e retornar ao lar.

Em uma noite, decidiu que ao se erguer pela manhã, iria até uma floricultura, compraria lindas flores e as remeteria para a sua amada.

Pensou em versos cheios de amor para esconder entre o ramalhete delicado: alma gêmea da minha alma.

Flor de luz da minha vida. Sublime estrela caída das belezas da amplidão.

És meu tesouro infinito. Juro-te eterna aliança.

Porque eu sou tua esperança. Como és todo o meu amor.

Adormeceu pensando em como se ajoelharia aos seus pés, confessando-lhe o amor que sentia. Quando amanheceu o dia, vestiu-se, perfumou-se e foi até a frente da casa.

Então se sentiu um tolo romântico. E se ela não o perdoasse?

E se ela não estivesse disposta a reatar o relacionamento? Afastou-se. Durante todo aquele dia a idéia não lhe saía da cabeça.

Afinal, ela estava ali, tão perto, trabalhando na outra sala.

Não encomendou as flores. Mas leu e releu os versos que escrevera. Chegou a noite, cheia de estrelas. O quarto de hotel parecia sufocá-lo. Saiu, comprou flores, escreveu os versos em lindo cartão e se dirigiu para a casa dela.

A passo acelerado, foi chegando. Tinha na mente para sair pelos lábios todas as frases de perdão e juras de amor.

Com o coração em descompasso, bateu à porta. A empregada atendeu chorosa e vendo-o apontou para o interior da sala.

A jovem tivera um problema cardíaco e morrera. As flores que ele levava serviram para lhe adornar o caixão.

Mas os versos que ele fizera, esses ele não poderia jamais declamar aos seus ouvidos. Era tarde demais...

*** O ciúme é perigoso adversário. Tem a capacidade de destruir relações afetivas, ferindo os que a ele se entregam. Se você já se permitiu dominar por ele, pense em quanto já perdeu em oportunidades de ser feliz.

Quantas vezes se tornou frio, agressivo. Quantas vezes magoou e se sentiu magoado. E tome uma decisão imediata.

Abandone esse sentimento e retorne às fontes generosas do amor. Só quem ama é feliz e faz os outros felizes.

 

Rosas Vermelhas - Exemplo para Vida

Era dia dos namorados... Rose olhava melancólica para o vaso em que costumava colocar as rosas vermelhas que chegavam todos os anos, naquela data especial.

Rosas vermelhas eram as suas favoritas e todo ano seu marido as enviava, atadas com lindos enfeites.

O som da campainha retirou Rose de seus pensamentos. Ela Atendeu a porta e lá estava o buquê de rosas vermelhas...

Com os olhos marejados de lágrimas leu o cartão que dizia, como nos anos anteriores:

"Seja minha namorada".

Cada ano ele enviava rosas e o cartão sempre dizia:

"Eu a amo mais este ano do que no ano passado. Meu amor por você sempre aumentará com o passar dos anos."

Ela sabia que aquela seria a última vez que as rosas apareceriam, pois seu marido já havia morrido há quase um ano.

Rose pensava:

"Ele encomendou as rosas adiantado".

Seu amado marido não sabia que não estaria mais ali naquele dia...

Ele sempre gostou de preparar as coisas com antecedência, pois se estivesse muito ocupado tudo funcionaria perfeitamente.

Ela ajeitou as flores e colocou-as no vaso especial. E depois, colocou o vaso ao lado da foto sorridente do esposo querido.

Sentou-se, por horas, na cadeira favorita dele enquanto olhava para sua fotografia e admirava as rosas que ele lhe enviara.

Mais um ano se passou e tinha sido difícil viver sem seu companheiro. Era dia dos namorados outra vez e então, na mesma hora de sempre, como no dia dos namorados anteriores a campainha tocou e lá estavam as rosa, esperando em sua porta.

Rose levou-as para dentro e as olhou chocada. Então, foi ao telefone e ligou para a floricultura.

O dono atendeu e ela perguntou-lhe se poderia explicar porque alguém faria isso com ela, causando tanta dor?

"Eu sei que seu marido faleceu há mais de um ano, disse o dono. Eu sabia que a senhora ligaria para saber."

Pois bem, as flores que recebeu hoje, foram pagas antecipadamente. Seu marido sempre planejou adiante, não deixava nada imprevisto. Existe um pedido que eu tenho arquivado e que ele pagou adiantado.

A senhora vai receber as rosas vermelhas todos os anos, até que a sua porta não mais atenda. Essa foi a recomendação do seu marido. Rose sentiu-se reanimada.

Agora olhava as flores e pensava nos muitos momentos felizes que passara com aquele homem singular, que não deixara de ser gentil e carinhoso, mesmo depois de não estar mais fisicamente ao seu lado.

*** Se por acaso o céu dos seus sorrisos está com as estrelas da alegria apagadas pela saudade daqueles que se foram, ofereça-lhes, você, as rosas da gratidão pelos momentos felizes que o ser querido lhe permitiu viver.

Não deixe que as lágrimas lhe impeçam de ver as estrelas da esperança de um novo encontro, num amanhã feliz que não tarda a chegar.

Conserve a certeza de que o amor é eterno tanto quanto a vida, e jamais se perde. Lembre-se que Jesus foi o grande propagador da imortalidade, pois atravessou o túmulo e voltou, exuberante, legando à humanidade a prova de que a vida é indestrutível, tanto quanto o amor.

 

Construindo Pontes - Briga em Familia

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.

Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.

Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam.

Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.

Estou procurando trabalho- disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.

Sim! - disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você.

Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo.

Nós brigamos e não posso mais suportá-lo.

- Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.

- Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.

Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.

O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando.

Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam.

Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho.

Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:

-Você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei.

No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos.

Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.

O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado:

-"Espere! fique conosco mais alguns dias". E o carpinteiro respondeu:

-"Eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir."

E você, está precisando de um carpinteiro, ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?

Pense nisso! As pessoas que estão ao seu lado, não estão aí por acaso. Há uma razão muito especial para elas fazerem parte do seu círculo de relação. Por isso, não busque isolar-se construindo cercas que separam e infelicitam os seres.

Construa pontes e busque caminhar na direção daqueles que, por ventura, estejam distanciados de você.

E se a ponte da relação está um pouco frágil, ou balançando por causa dos ventos da discórdia, fortaleça-a com os laços do entendimento e da verdadeira amizade.

Agindo assim, você suprirá suas carências afetivas e encontrará a paz íntima que tanto deseja.

 

domingo, novembro 16, 2008

A QUEDA - mensagem de vida de Chico Xavier

A QUEDA

Não esperavas, mas caíste.
Caíste e sofres, porquanto te supunhas inatingível...
Agradece, contudo, a queda que te faz abrir os olhos para a realidade da vida.
Não desperdices energias, lamentando...
Agora, vês tudo por um prisma diferente.
Reformulaste antigos conceitos.
Entesouraste a compreensão, principalmente no que se refere às fraquezas alheias.
Adquiriste uma parcela maior de humildade.
Estás mais sensível às necessidades do próximo.
Reconheces, afinal, o valor do perdão.
Permitir a tua queda, foi o recurso que a Divina Providência encontrou a fim de disciplinar-te o coração em prazo mais curto, para que não viesse a te suceder coisa pior.

Irmão José/ Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, novembro 14, 2008

Robô Imita As Expressões Faciais Humanas

Jules(ROBÔ) tem 34 motores para imitar expressões humanas.

Ele ajuda a criar interação mais convincente com humanos. Ele identifica as expressões das pessoas, para reagir corretamente.

Pesquisadores britânicos apresentaram um robô capaz de imitar com precisão dez expressões faciais dos humanos -- como a alegria, tristeza e preocupação.

O jornal “Telegraph”, diz que esse projeto ajudará na criação de uma nova geração de humanóides, com capacidade de interagir de forma convincente com as pessoas. Jules, o robô expressivo, é resultado de um trabalho de três anos e meio desenvolvido no Laboratório de Robótica de Bristol (BRL), ligado à Universidade de Bristol.
Os olhos da robô são câmeras que identificam as expressões faciais das pessoas com quem interage. Esses dados são convertidos em instruções, para que a máquina use seus 34 motores faciais e reaja adequadamente às expressões humanas – se alguém der uma bronca em Jules, por exemplo, ele ficará chateado.
A “pele,” feita de uma substância chamada Flubber, é elástica e flexível.

O projeto será útil para tornar a interação entre máquinas e humanos mais natural, diz Peter Jaeckel, especialista em emoção artificial, empatia artificial e humanóides do BRL,

“A aparência e o comportamento dos robôs precisam ser aperfeicionados, para atender às expectativas nas experiências sociais, assim os humanos se sentirão mais a vontade com eles.
Fonte:http://www.g1.globo.com

Da Uma De Louco


Advogar exige raciocínio rápido e inteligência...

Na Inglaterra um réu estava sendo julgado por assassinato. Havia evidências
quase indiscutíveis sobre a sua culpa, mas o cadáver não aparecera.

Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, temeroso de que seu
cliente
fosse condenado, recorreu a um truque:

-'Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para
todos',
disse o advogado, olhando para o seu relógio. 'Dentro de dois minutos, a
pessoa
que aqui se presume assassinada, vai entrar na sala desteTribunal.'

E olhou para a porta. Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram
olhando
para a porta. Decorreram-se dois longos minutos e nada aconteceu.

O advogado, então, completou:

- 'Realmente, eu falei e todos vocês olharam para porta com a expectativa de
ver
a suposta vítima. Portanto, ficou claro que todos têm dúvida neste caso, se
alguém realmente foi morto. Por isso insisto para que vocês considerem o
meu
cliente inocente'.

Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.
Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:

- 'Culpado!'
'Mas como?' perguntou o advogado... 'Eu vi todos vocês olharem fixamente
para a
porta, é por se concluir que estavam em dúvida!
Como condenar na dúvida?'

E o juiz esclareceu:

- 'Sim, todos nós olhamos para a porta, menos o seu cliente...'

' MORAL DA HISTÓRIA: NÃO BASTA TER UM BOM ADVOGADO SE O CLIENTE FOR BURRO '

quinta-feira, novembro 13, 2008

Piada:REMORSO DE GAÚCHO...

Um gaúcho entra na policia em Uruguaiana e dirige-se ao delegado:

 

-Vim entregar-me, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.

 

- Meu senhor, as leis aqui são muito severas e são cumpridas e se o senhor é mesmo culpado não haverá apelação nem dor de consciência que o livre da cadeia.

 

- Atropelei um argentino na estrada BR-472, perto de Itaqui.

 

- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?

 

- Mas ele estava no acostamento.

 

- Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosse o senhor seria outro qualquer.

 

- Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele homem, sou um crápula!

 

- Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação, repudio popular, passeata, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estatua.

 

- Eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada.

 

- O senhor é um grande humanista, enterrar um argentino, é um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até hienas.

 

- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo, estoy vivo!

 

- Garanto que era mentira dele, esses argentinos mentem muito!!!!

 

Os 5 segredos para o casamento

 OS CINCO SEGREDOS PARA UM HOMEM SER FELIZ

1. É importante encontrar uma mulher que tenha um bom emprego;

2. É importante encontrar uma mulher que nos faça rir;

3. É importante encontrar uma mulher que seja  responsável  e  não minta;

4. É importante  encontrar  uma  mulher  boa  na  cama  e que adore fazer sexo;

5. É extremamente importante que estas quatro mulheres nunca se encontrem.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Ninguém é Insubstituível

Na sala de reunião de uma multinacional o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um meaça: "ninguém é insubstituível" .
A frase parece ecoar nas paredes dasala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, algunsabaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - o CEO encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substitui o Beethoven?


Silêncio...


Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Faria Lima ? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger
Woods? Albert Einstein? Picasso?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem - ou seja - fizeram seu talento brilhar. E portanto são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipefocando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar "seus gaps".

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranoico.

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se você ainda está focado em "melhorar as fraquezas" de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por sersurdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande.
E na sua gestão o mundo teria perdido todos esses talentos.

Fonte: Recebido por email . (Se alguém souber comente aqui)

terça-feira, novembro 11, 2008

Computador e Adolescência


"Observando os jovens do século XXI, percebemos que estão cada vez mais viciados pelo computador.

Atropelar as crianças na calçada, pegar um tanque de guerra e dar tiros na população de uma cidade virtual, matar, disparar mísseis em qualquer coisa que se mover na sua frente, monstros, zumbis, anjos , guerreiros heróis , sangue e guerra , carros envenenados, esses são apenas alguns dos ambientes dos jogos para computador em que pré-adolescentes e adolescentes , às vezes crianças , com pais desatentos ou mesmo ausentes , estão expostos.

Passam tardes inteiras e às vezes noites em claro entretidos com jogos de ação, algumas vezes violentos e obscenos em lan-houses ou mesmo dentro da própria casa jogando on-line com qualquer pessoa do planeta.

Apenas mais um dos “perigos” que os adolescentes estão expostos hoje em dia, mesmo a própria Internet com chats,blogs, pornografia em geral , podem levar o jovem a dependência.

Existem leis para diminuir essa exposição, mas raramente são cumpridas e abusos sempre podem acontecer, efeitos colaterais como redução do desempenho escolar e distúrbios de comportamento podem ocorrer."

SAME MISTAKE James Blunt (letra traduzida)


So while I’m turning in my sheets
Então enquanto eu me reviro em meus lençóis
And once again, I cannot sleep
E mais uma vez, eu não consigo dormir
Walk out the door and up the street
Abro a porta e saio a caminhar pelas ruas
Look at the stars beneath my feet
O brilho das estrelas ilumina meus passos
Remember rights that I did wrong
Relembro o que eu fiz de errado
So here I go
Então aqui vou eu

There is no place I cannot go
Não há nenhum lugar onde eu não possa ir
My mind is muddy
Minha mente está perturbada
But… My heart is heavy
Mas... Meu coração está pesado
Does it show
Ele demonstra isso
I lose the track that loses me
Sigo perambulando pelo caminho e me perco
So here I go
Então aqui vou eu

And so I sent some men to fight
Já mandei alguns homens para lutar
And one came back at dead of night
E um deles voltou na calada da noite
Said: “Have you seen my enemy?”
Disse: “Você viu meu inimigo?”
Said: “He looked just like me”
Disse: “Ele se parecia comigo”
So I set out to cut myself
Então sigo meu caminho me torturando
And here I go
E aqui vou eu


I’m not calling for a second chance
Eu não estou pedindo uma segunda chance
I’m screaming at the top of my voice
Eu estou te implorando aos gritos
Give me reason
Me dê razão
But don’t give me choice
Mas não me dê escolha
Because I’ll just make
Porque certamente cometerei
The same mistake again
O mesmo erro novamente

And maybe someday we will meet
E quem sabe um dia a gente se encontre
And maybe talk and not just speak
E então vamos conversar e não apenas falar
Don’t buy the promises
Não acredite nas promessas
‘Cause there are no promises I keep
Porque eu nunca cumpro nenhuma promessa
And my reflection troubles me
E minha consciência me perburba
So here I go
Então aqui vou eu

I’m not calling for a second chance
Eu não estou pedindo uma segunda chance
I’m screaming at the top of my voice
Eu estou te implorando aos gritos
Give me reason
Me dê razão
But don’t give me choice
Mas não me dê outra chance
Because I’ll just make
Porque certamente cometerei
The same mistake again
O mesmo erro novamente

So while I’m turning in my sheets
Então enquanto eu me viro em meus lençóis
And once again
E mais uma vez
I cannot sleep
Eu não consigo dormir
Walk out the door
Abro a porta
And up the street
E saio a caminhar pelas ruas

Look at the stars
Vejo as estrelas
Look at the stars, falling down
Vejo as estrelas, está amanhecendo
And I wonder where
E eu me pergunto
Did I go wrong
Onde foi que eu errei