Não te detenhas !
Torna à presença do companheiro que te feriu e perdoa, ajudando-o a recuperar-se.
Reflete e ampara-o !
Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram a alma, antes que a palavra dele se erguesse para
ofender-te ou antes que o seu braço, armado pela imcompreensão, desferisse contra ti o golpe deprimente?
Guarda a calma e auxilia, sem cessar.
Mais tarde, é possível que não possas, por tua vez, suportar o horrendo assalto da ira e reclamarás, igualmente,
o bálsamo da alheia compreensão.
Retorna ao teu lar à tua luta e espalha, de novo, a bênção do amor, com todos os corações que jazem envenenados,
pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia.
Não hesites, porém !
Perdoa agora, enquanto a oportunidade de reaproximação te favorece os bons desejos porque, provavelmente,
amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor de ti senão a cinza do arrependimento e o
choro amargo da inútil lamentação.
EMMANUEL