O céu chora a morte de alguém numa manhã vazia.
Gotas repicam melancólicas na minha vidraça
Gotas repicam melancólicas na minha vidraça
Declamam a elegia os leões sobre as nuvens
Carregadas de espinhos que caem sobre as lembranças.
Carregadas de espinhos que caem sobre as lembranças.
Cai o pano inesperadamente sobre ombros cansados
E sobre todos que aguardam por boas notícias
Desce a chuva que anuncia sempre uma despedida
E se entristece por aqueles que se despedem em silêncio
Derramando sobre eles lágrimas de desencanto.
Quantas festas, ocasiões lúdicas, alegres e sinceras
Já não se pode repartir na voz mútua das calçadas
Outras lembranças, tantas, chegarão inesperadas
No murmúrio lamentoso do mar de verão
Partimos sempre cedo demais
Eis que sempre ficará a palavra não dita
E os silenciosos sentimentos que não precisamos externar
Guardo nessa chuva a memória de alguém que não sei se conheci.
Eis que sempre ficará a palavra não dita
E os silenciosos sentimentos que não precisamos externar
Guardo nessa chuva a memória de alguém que não sei se conheci.
Autor: Daniel Elói Pedroso de Oliveira
mail: daniel.eloi arroba gmail.com