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quinta-feira, novembro 24, 2011

Piada - Robo Detector de Mentiras



O ROBÔ DETECTOR DE MENTIRAS

 

O pai faz uma viagem à Europa e decide comprar, depois de achar muito funcional, um robô que desce o tapa quando detecta que alguém está mentindo. Chega de viagem e leva o robô pra casa.

 

Então, ao ver que o filho chega bem depois do horário do almoço, o pai decide colocar o robô em prática:

 

- Filho, por onde você andou?

- Eu estava na escola pai!

 

O robô vem e dá um pescotapa no menino

 

- Que isso pai??

- É um robô. Toda vez que você mentir, ele vai lhe dar uma porrada.

 

- Ok, eu fui assistir a um filme na casa dos meus amigos!

- Ah é? E que filme você viu?

- Piratas do Caribe!

 

O robô vem e enfia a mão no menino novamente!

 

- Tá bom! Tá bom! (o filho já soluçando).... foi um filme pornô....

 

O pai grita:

 

- Como é que é?!?!? Quando eu tinha a sua idade, eu não sabia nem o que era um filme pornô!!

 

O robô vem e dá uma porrada tão forte no pai, que ele cai estatelado no chão!

 

Eis que a mãe cai na gargalhada e diz:

 

- Que mentirosos!!! Tinha que ser seu filho mesmo!!

 

O Robô vem e dá uma voadora na mãe!!

 

 

 

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sexta-feira, novembro 18, 2011

Poesia - Cecilia Meirelles - Campo

CAMPO

 Campo da minha saudade:

vai crescendo, vai subindo,

de tanto jazer sem nada.

Desvelo mudo e contínuo

que vai revestido os montes

e estendendo outros caminhos.

Mergulhada em suas frondes,

a tristeza é uma esperança

bebendo a vazia sombra.

Águas que vão caminhando

dispersam nos mares fundos

mel de beijo e sal de pranto.

Levam tudo, levam tudo

agasalhado em seus braços

Campo imenso — com o meu vulto...

E ao longe cantam os pássaros.

 

(do livro Viagem)

Poesia Cecilia Meireles - Renúncia



Renúncia

 RAMA das minhas árvores mais altas,

deixa ir a flor! que o tempo, ao desprendê-la,

roda-a no molde de noites e de albas

onde gira e suspira cada estrêla.

Deixa ir a flor! deixa-a ser asa, espaço,

ritmo, desenho, música absoluta,

dando e recuperando o corpo esparso

que, indo e vindo, se observa, e ordena, e escuta...

 

Falo-te, por saber o que é perder-se.

Conheço o coração da primavera,

e o dom secreto do seu sangue verde,

que num breve perfume existe e espera.

Vertí para infinitos desamparos

tudo que tive no meu pensamento.

Por onde anda? No abismo. Dada ao vento...

Era a flor dos instantes mais amargos.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Poesia Cecilia Meireles - Conveniencia


 

CONVENIÊNCIA

 

CONVÉM que o sonho tenha margens de nuvens rápidas

e os pássaros não se expliquem, e os velhos andem pelo sol,

e os amantes chorem, beijando-se, por algum infanticídio

Convém tudo isso, e muito mais, e muito mais...

E por êsse motivo aqui vou, como os papéis abertos

que caem das janelas dos sobrados, tontamente...

 

Depois das ruas, e dos trens, e dos navios,

encontrarei casualmente a sala que afinal buscava,

e o meu retrato, na parede, olhará para os olhos que levo.

E encolherei meu corpo nalguma cama dura e fria.

(Os grilos da infância estarão cantando dentro da erva...)

E eu pensarei: «Que bom! nem é preciso respirar!...»

 

(do livro Viagem, de Cecília Meirelles)