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Postado por zandormaz às 10:34 AM
Marcadores: ARNICA, CALENDULA, CAMOMILA, ERVAS MEDICINAIS, GINKGO BILOBA, HIPERICO, SAÚDE
Um interessante estudo de José Pereira da Silva que pode ser encontrado em http://www.filologia.org.br/pereira/textos/aorigemdasfrases2.htm sugere a origem de algumas das frases bastante conhecidas por todos nós, já que são parte de nossa cultura popular. Algumas dessas expressões estão listadas abaixo com sua respectiva explicação de onde surgiram:
Arrastar a Asa.
Arrastar a asa é a forma de um galo cortejar a galinha.
É da observação deste fato que surgiu a frase feita que indica o seu correspondente entre os humanos, ou seja, o cortejo do homem a uma mulher.
Como o galo é o símbolo do macho dominador, subentende-se que arrastar asa inclui a demonstração de habilidades de macho ou mesmo de machista.
Muitas outras expressões proverbiais em torno do galo ressaltam estua sua característica, comparando-o ao homem machista e dominador. Vejamos: Cada galo canta no seu poleiro, e o bom no seu e no alheio; Folgai, galinhas, que é morto o galo; Galo que fora de horas canta, faca na garganta; Na casa de Gonçalo, canta a galinha e o falo; Onde canta galo não canta galinha; Onde há galo não canta galinha; Triste é a casa onde a galinha canta e o galo canta; Onde o galo canta, aí janta; Galo, antes de cantar, bate as asas três vezes; Galo cantando, à boca da noite, é sinal de que estão furtando moça; Como canta o galo velho, assim cantará o novo; Todo galo é valentão para galinha e capão; A pinta que o galo tem o pinto nasce com ela: Cantiga que o pinto canta o galo já cantou; Galo no seu poleiro briga com o mundo inteiro; Franga que canta chama galo: Galo velho; Galo de um terreiro só; O galo daqui sou eu; Cantar de galo; Quando o galo canta fora de hora é moça roubada que vai dando o fora; Baixar a crista; Cada galo em seu terreiro;
Plantar Bananeira
O que é característico e marca o ridículo de tal ato é aspecto visual, a partir do qual se criaram várias metáforas. Tais metáforas, sugeridas pelas naturais substituições dos nomes das partes pudendas do corpo humano por nomes relacionados com animais, plantas ou objetos, são conseqüências dos tabus lingüísticos que cercam, principalmente, órgãos sexuais.
Quem planta bananeira, ficando de pernas para cima e de cabeça em direção ao solo (senão posta ao solo) cria a imagem de uma bananeira, com um cacho, com banana, com umbigo, comas folhas representadas pelas pernas, tudo isto muito exposto e aumentado o aspeco ridículo com o fato de ser a posição oposta à que normalmente o ser humano posa.
A idéia de ridículo deste ato, portanto, está relacionado com um aspecto psíquico da linguagem, que se estabelece por comparação ou associação de imagens.
Fazer Boca-de-siri
Como diversas frases feitas por nós estudadas, esta também é resultado da observação da natureza. O siri, ao prender alguma coisa com a "boca", que é uma de suas garras, não solta nem mesmo depois de morto. Ora, como fechar a boca implica ficar calado, fazer boca-de-siri passou a substituir uma explicação muito mais extensa que pudesse indicar o ato de calar-se ou fazer segredo rigoroso.
Há diversas outras formas de sugerir idéia de segredo através da palavra "boca", que se pode fechar de vários modos: Em boca fechada não entra mosquito; Boca calada é remédio; Boca cheia não conversa; Boca que fala não mastiga; Minha boca é um túmulo; Minha boca é um botão; A boca pequena; De boca em boca.
O provérbio: Em bica fechada não entra mosquito, que é uma forma ameaçadora de prevenir os delatores contra prováveis conseqüências de sua indiscrição, tem versões em latim, espanhol, francês, italiano e inglês. Destas formas, destacam-se pela semelhança com a nossa, a francesa: En bouche serée n’entrent des mouches e a espanhola: En boca cerrada non entra mosca.
Dar Bode
É evidente o significado de dar, que corresponde a resultar ou ter por resultado. Mas o que vem a ser bode?
Lembramos que bode sempre esteve ligado às forças diabólicas, como lembra Câmara Cascudo, em seu Coisas que o Povo Diz: "Qualquer velha bruxa de outrora, sabedora de orações e remédios fortes, informava do poder do Bode, sinônimo diabólico, temido e respeitado na ambivalência natural."
Aliás, segundo a tradição judaica, o bode era o animal escolhido para carregar todos os pecados de seu povo e, por isso, ser abandonado num deserto. Representando todo o mal, o bode expiatório era ao mesmo tempo vítima e réu.
Dar bode é resultar numa situação infernal, indesejável, confusa.
Embora o bode esteja quase sempre relacionado com a atividade sexual masculina, em diversos provérbios e expressões populares, não há probalidade de haver conotações desta natureza na frase feita em questão.
Relacionada com a idéia de vítima, conheço o seguinte anexim com a palavra bode: Quem menos pode é quem paga o bode.
Dar Bola
Surgiu certamente com o jogo de futebol. Neste esporte, os atletas devem dar a bola aos companheiros de equipe em situações estratégicas mais vantajosas para que se atinja o objetivo, que é o gol, o mais rápido possível.
É claro que não se dá bola para quem estiver em situações menos favoráveis, como por exemplo, marcado por adversário muito forte.
Também existe a expressão dar pelota, que tem a mesma origem e significado.
Dar com os Burros n’água
Antônio José da Silva, o Judeu, tem o seguinte passo, na voz do Escudeiro: "-Ah burro do meu coração! Bem te entendo o que queres dizer nesse zurro; mas não te posso ser bom; tem paciência, que bem sei, que deixar-te, dei com os burros na água!"
A outra abonação antiga que possuímos é de Gregório de Matos: "- Que de tudo o que tem vítima faz,
E dá com os burros n’água desta vez."
Acreditamos que a frase provém de um conto popular vulgarizado oralmente no interior do Brasil. Lembro-me de tê-lo ouvido há uns 25 ou 30 anos em Minas Gerais.
Conta-se que dois tropeiros foram incumbidos de realizar a façanha de transportar com suas respectivas tropas uma carga qualquer até um determinado lugar, onde estaria a pessoa que pagaria com um prêmio o que primeiro chegasse com a sua carga.
Acontece que o caminho era desconhecido, e ambos tiveram o direito de escolher a mercadora que desejavam para que a viagem se tornasse mais fácil.
O primeiro escolheu uma carga de algodão, porque era mais leve. O segundo escolheu uma carga de sal, por que era mais volumosa.
Seguindo caminhos diferentes, no entanto, ambos tiveram que passar a vau por um rio, que surgiu inesperado.
O primeiro, ao tentar passar, umedeceu sua carga e os quase morreram afogados, saindo a custo do rio, onde a carga ficou perdida, com um peso insuportável.
Ao tentar passar, o segundo tropeiro teve toda a sua carga de sal derretida, chegando na outra margem apenas com a sua tropa descarregada.
Deste modo, ao dar com os burros n’água, os dois tropeiros tiveram fracassadas as suas empresas, não logrando o desejado prêmio.
Existem outras variantes, em que apenas um dos tropeiros dá com os burros n’água, enquanto o outro consegue passar com a carga e receber o prêmio, conforme relato do Prof. Edwaldo Cafezeiro, da Profa. Guaciara e outros colegas a quem consultei sobre tal conto popular.
Dar as Caras
Assim como a flexão facilita a interpretação nas variantes acima, suponho ter descoberto a origem desta frase feita a partir do plural, que parece estranho ao significado normal ou à associação que fazemos com a idéia de rosto da pessoa que dá as caras.
Como as pessoas não têm mais de uma cara, a expressão deveria ser dar a cara, se estivesse relacionada com rosto ou cara da pessoa que aparece, dando as caras.
Só por associação vem-nos a idéia de caras, correspondentes às cartas de baralho de maior valor em vários jogos. Dar as caras, que não é expressão dos jogos de cartas, associa-se a dar as cartas quanto à forma morfossintática e fonética, e a mostrar o jogo quanto ao significado.
Como as caras das pessoas não podem aparecer sem que as próprias pessoas apareçam, dar as caras passou a significar "aparecer, fazer uma visita".
O cruzamento semântico proveio da semelhança dos elementos componentes das expressões dar as cartas e dar as caras.
Botar as Cartas na Mesa
A expressão tem origem no jogo de baralho.
Dar as cartas ou botar as cartas na mesa são expressões que indicam o ato de comando que inicia o jogo.
Quem dá as cartas ou bota as cartas na mesa é responsável pela sorte dos demais jogadores.
No jogo-de-cartas com a pretensão de adivinhar o futuro (cartomancia), a superioridade de quem bota ou põe as cartas na mesa não acaba com este ato, continuando durante o desenrolar da ação que aí começa. É mesmo provável que esteja especificamente neste tipo de jogo-de-cartas a origem da expressão.
Casa da Mãe Joana
João Ribeiro pensa que a expressão, em sua forma crua e nua, é Cu da mãe Joana.
E acrescenta: "Esta pobre da Mãe Joana é o simples vocábulo árabe damchan que significa garrafão, e como verbo, meter uma coisa em outra: e é dedução perfeita porque os garrafões servem para que neles se lance alguma coisa e sempre são por sua vez metidos em palhas ou gigos abertos e protetores. De Damchan o espanhol fez damajuana, e o francês dame-jeanne também a tem com o mesmo sentido de vaso grande de cristal ou garrafão."
Daí a expressão casa de Mãe Joana, formada por etimologia popular.
Sem ao menos fazer alusão às conjeturas de João Ribeiro, Luís da Câmara Cascudo vê a origem da frase em questão sob um outro ângulo, mais aceitável e menos conjectural:
Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), em sua tumultuosa existência, refugiou-se no Avignon em 1346. No ano seguinte, regulamentando os bordéis da cidade, aprovou um estatuto que dizia em um de seus artigos: "- et que siegs une porto... dou todas las gens entraron." Ou seja, ... e que tenha uma porta por onde todas as pessoas possam entrar.
O prostíbulo se tornou o Paço da Mãe Joana, nome que se divulgou em Portugal.
Aliás. Teófilo Braga informa:
-Paço da Mãe Joana com que se designa a casa que está aberta para toda a gente. Nos açores é muito usual para dizer que uma porta está escancarada - É como o Paço da Mãe Joana!
No Brasil, paço não é vocábulo popular. Tornou-se casa e, às vezes, com nome mais repugnante e feio.
Tirar o Cavalo da Chuva
Ainda é costume, no interior, onde o cavalo é o meio de transporte mais comum, amarrar-se o cavalo na frente da casa. Amarrá-lo sob a varanda ou em algum lugar protegido do sol é indício de que o visitante pretende demorar, o que se considera uma indiscrição pouco desculpável.
Tirar o cavalo da chuva seria amarrá-lo na varanda ou alguma outra proteção, para que o visitante pudesse demorar-se calmamente.
Quando este esboça um gesto de partir, o dono da casa diz logo: - Pode tirar o cavalo da chuva, ou seja, pode desistir dessa pressa de partir.
A ampliação de sentido para desistir de alguma coisa, ou simplesmente desistir, é uma conseqüência do uso muito freqüente da expressão.
Amadeu Amaral afirma que não existe em português nem noutra língua um correspondente exato deste adágio.
Fazer Chacrinha
Locução corrente no meio radiofônico, com o sentido de formar grupos para comentar desfavoravelmente os colegas de trabalho.
Embora pareça ser o diminutivo de chacra ou chácara, de proveniência quíchua (chajra), com o sentido de pequena propriedade rural, é mais fácil relacioná-la com o indo-europeu correspondente aos sânscrito chakra, chakkram em malaiala.
O sentido da palavra em sânscrito, chakra=roda, está bem claro na expressão brasileira fazer chacrinha, ou seja, fazer uma rodinha de amigos para fofocar ou bater um papo.
Com o sucesso dos programas televisionados do Chacrinha, Abelardo Barbosa Chacrinha, pretende-se relacionar a expressão com as características dos programas deste artista, com o sentido de promover uma reunião ao mesmo tempo festiva e aparentemente desorganizada, bagunçada. É um uso modernizado da expressão, que é anterior ao aparecimento do Chacrinha.
Embora a palavra chacra ou chácara, de origem quíchua, seja a única forma viva em português, ao menos no Brasil, não é visível a relação entre o seu diminutivo (chacrinha) e a frase feita fazer chacrinha.
A Coisa Está Preta
A cor preta simboliza algumas das piores coisas, entre as quais se encontra o luto.
Segundo Luís da Câmara Cascudo, no entanto, "o luto negro só tomou maior popularidade em Portugal no séc. XVI. Antes o burel (branco) competia com o dó (negro) como cores dedicadas ao luto. Nas antigas missas de sétimo dia quem não possuía preto ia de branco."
Acreditamos ter nascido daí a expressão a coisa está preta, pintadinha de branco. Supõe-se uma situação ainda pior do que aquela em que a coisa está preta, pois carrega o agravante da pobreza, que impossibilitou a compra de um luto, ou seja, da roupa de cor preta.
Costuma-se dizer também que a coisa está ruça, equivalendo a a coisa está preta. Ora, também o ruço supõe o preto e o branco. No mínimo, é um preto desbotado. Tratando de roupa, a cor desbotada supõe um longo uso, e, neste caso de luto, o prolongamento de uma situação muito desagradável.
A coisa, o estado-de-coisas ou a situação está ficando preta quando as pessoas enlutadas começam a se aglomerar. É uma imagem visual do indesejável, do que é ruim.
O preto talvez tenha predominado com o sentido de luto a partir do séc. XVI, conforme vimos, por analogia à situação miserável da escravidão imposta aos africanos negros a partir daquela época na Europa e transportados, posteriormente, para o Brasil.
Não Dizer Coisa com Coisa
A coerência quanto ao que se faz ou diz só pode ser aferida por comparação. Se o que alguém disse ou fez há algum tempo e o que diz ou faz atualmente não se ajusta, tal pessoa não está dizendo coisa com coisa.
Ao contrário dos modismos que indicam a disparidade ou a extravagância e contradição de objetos que acaso ou a propósito se defrontam, suas formas primitivas são de identificação de coisas que se enumeram seguidamente e aos pares, como coisa com coisa, que dever ser a mais primitiva.
As frases: que tem o cu com as calça? Que tem o cós com as calças? ou que tem uma coisa com a outra? são todas variantes cujo núcleo é coisa com coisa.
Aliás, a própria palavra cós tem alguma analogia fonética com coisa
Dar uma Colher de Chá
O chá é dado aso doentes, como remédio, mas não apenas uma colher. Uma colher de chá seria insuficiente para curar qualquer tipo de doença. Mas não deixa de ser uma pequena oportunidade, a partir da qual se poderá avaliar a conveniência ou não-conveniência em prosseguir com ajuda.
Quem aproveita uma colher de chá poderá receber mais ajuda. Mas há quem não dá colher de chá a ninguém. E, não dar uma colher de chá, quase sempre é considerado um ato execrando, a menos que a primeira não tenha sido aproveitada.
Meter a Colher
Meter a colher; meter a colher de pau; meter a colher enferrujada; meter o bedelho; meter o nariz; meter a catana, são variantes da mesma expressão.
Naquelas em que entra a palavra colher não há dúvidas de que a origem está na cozinha. Certamente, isto acontecer quando alguém, assumindo a responsabilidade da execução de um prato, não quis ceder às opiniões ou interferência de outra pessoa. Os determinantes de pau ou enferrujada têm a pretensão de desprestigiar as opiniões emitidas, os palpites dados.
Bedelho é uma carta de pequeno valor nos jogos de baralho. E meter o bedelho é intrometer-se inopinadamente em conversa ou assunto que não lhe diz respeito. Neste caso, o que se leva em consideração é o valor ou o peso da opinião, comparada a um bedelho, que é um trunfo menor.
Meter o nariz não significa uma interferência necessariamente ativa, podendo consistir em olhar de perto e atentamente, quase por mera curiosidade, interferindo passivamente nos negócios ou assuntos alheios. Meter o nariz onde não é chamado é a forma desenvolvida de meter o nariz
Sendo a catana uma espada afiada e longa, usada no Japão no século XVI, quando o vocábulo surgiu em Portugal, houve uma símile entre a espada afiada e a língua ferina. Por isso é que meter a catana tem a mais o sentido de ferir, falando contra alguém ou comentando fatos reprovativos.
Ir pras Cucuias
Cucuias é o nome de algum lugar, se não real, ao menos imaginário. Provavelmente, uma região maranhense entre os rios Panamá e Marapi, onde vive um subgrupo dos índios pianocotós denominado de cucuianas.
Se esta é a origem da expressão, corresponde estrutural e semanticamente com ir pra caixa-prego ou ir pra cabrobó, que são nomes de lugares reais, localizados na Bahia e em Pernambuco, respectivamente.
José Pedro Machado, no entanto, aponta origem malaiala para o termo cucuia, que provém do verbo ku) kkuka, que significa bradar ou dar rebate. O grito de rebate, dando sinal de inimigo, ou, entre os navegantes, dando sinal de terra, denomina-se cucuiada, que é uma palavra derivada de cucuia.
Embora não seja fácil a explicação, nesta linha de pensamento, visto que grito não poderia ser um lugar para onde se possa ir, imaginamos um lugar onde haja muitos gritos, um lugar onde o medo e a dor predominam. Aí devem ser as cucuais. Um lugar imaginário. Neste caso a expressão corresponde a ir para os infernos ou ir para as profundezas dos infernos, etc.
GINKGO BILOBA (Ginkgo biloba).
Protetor do metabolismo celular, antiinflamatório e no combate aos radicais livres. Problemas vasculares: microvarizes, perda de memória, dificuldade de concentração, cansaço nas pernas.
*ATENÇÃO
Não deve ser usada indiscriminadamente. De preferência usar com acompanhamento de um terapêuta (ou homeopata). Pode provocar enxaqueca, interferir na formação de plaquetas e contribuir para possíveis sangramentos pós-cirúrgico. Aumenta a sensibilidade da pele, quando usada externamente. Pode aumentar a pressão arterial e a ansiedade.
Pesquisas indicam que os extratos da planta podem contribuir para o tratamento do mal de Alzheimer. Agiria ainda como antialérgico em rinites e sinusites.
Fonte: WWW.equilibrionatural.com
Qualquer problema de saúde deve ter o acompanhamento de seu médico. Somente um profissional qualificado poderá realmente lhe ajudar. Comente com seu médico sobre o poder curativo das plantas e as descobertas que você já tenha feito em relação a algumas ervas medicinais. Muitas plantas são de reconhecido valor terapêutico no meio científico mas há casos que embora recomendados pela cultura popular, não possuem efeito comprovado pela medicina.
Aprenda como preparar adequadamente os chás, infusões, decocção e tisana.
Alguns cuidados sempre é bom repeti-los para que não sejam esquecidos. Assim, o preparo do chá nosso de cada dia...
Há vários modos de preparar as ervas para uso terapêutico. Todos muito simples, sem requerer grandes utensílios, além daqueles tradicionais e presentes em qualquer casa. Vamos, então, para o que é importante conhecer e guardar:
A INFUSÃO é o preparo do chá, com folhas, pétalas ou flores.
Ferva a quantidade de água indicada para o preparo da erva. Despeje a erva na água, assim que começar a ebulição. Tampe a vasilha e deixe repousar por 10 minutos.
A DECOCÇÃO é o método para preparar o chá com cascas e raízes.
Deixe-as na água fria por algumas horas, após picá-las.
Leve a água e a planta ao fogo, cozinhando por tempo variável entre 15 e 30 minutos. Quanto mais dura à parte utilizada da planta, mais tempo levará cozinhando. Tire do fogo e deixe repousar com a vasilha tampada por mais alguns minutos.
A TISANA é o preparo do chá, com cascas e galhos.
Deixe a água ferver e junte as ervas. Tampe e deixe o liquido entrar em ebulição por cinco minutos. Tire do fogo e deixe repousar, tampado, por mais alguns minutos.
O preparo do chá deve ser feito para uso imediato. Nada de preguiça, com aquela história de preparar uma quantidade maior para beber ao longo do dia. Evite isso.
Não se deve usar utensílios de alumínio, pois reage com alguns princípios ativos, oxidando-os. Prefira os vasilhames de barro, vidro temperado ou ágata.
O utensílio deve estar tampado, pois as substâncias das ervas são voláteis e muitas se perdem no vapor.
De modo geral, a proporção ÁGUA / ERVA deve obedecer a seguinte medida: 1 litro de água = 4 colheres de sopa da erva fresca ou duas colheres da seca.
Não adoce o chá, principalmente os que se destinam aos distúrbios digestivos. E açúcar, nem pensar...
Faça suas compras em lojas de fitoterápicos ou farmácias de manipulação. Nada de feiras, mercados, ambulantes etc. A procedência de um produto, com a qualidade necessária preservada e sem misturas, somente pode ser assegurada por bons laboratórios. E não se corre o risco de plantas, raízes etc contaminadas com agrotóxicos e outros agentes nocivos.
Procure a erva pelo nome científico, pois o nome popular varia de região para região, muitas vezes apontando para espécies diferentes.
Ervas muito moídas podem esconder outros elementos como galhos ou mato comum. Evite esse tipo de produtor ou laboratório.
Verifique sempre a data de validade e a procedência do produto.
É importante que você saiba: os tratamentos com plantas medicinais não apresentam resultados imediatos, como as drogas alopáticas. Por ser natural e corrigir o desequilíbrio, sem muitas vezes minorar rapidamente os incômodos do sintoma, não significa que os resultados não estejam sendo alcançados. A ação das plantas, na maioria das vezes, ocorre a curto e médio prazos. Poucas plantas apresentam efeitos imediatos.
Fonte: WWW.equilibrionatural.com
Retirar etiquetas:
Para retirar as etiquetas que ficam nos potinhos, basta esfregar a região com uma esponja molhada com vinagre quente. Repita a operação até que a cola saia por completo.
Partir o coco:
Antes de partir o coco, aqueça-o no forno. Assim ele soltará da casca facilmente.
Limpar o mármore branco:
Para retirar e limpar algumas manchas existentes na pia de mármore, faça o seguinte truque: dilua 2 colheres (sopa) de sal em 4 colheres (sopa) de água oxigenada e esfregue com esponja. O resultado é surpreendente.
Queijo sem sal:
Se você comprou queijo fresco muito salgado para seu gosto, não se preocupe. Diminua o sal, deixando o queijo de molho em água fria, durante uma hora. Depois seque-o bem com papel absorvente.
SOS Mãos:
Se você esqueceu de colocar as luvas na hora de fazer a limpeza e suas mãos ficaram ressecadas, existe uma maneira de reverter esta situação. Esfregue-as com limão, e em seguida, lave-as com água morna e aplique um creme hidratante.
Roupa sem graxa:
Para eliminar manchas de graxa da roupa, faça um círculo em volta destas de talco. Esfregue-as com um chumaço de algodão embebido com aguarrás e, em seguida, passe uma escova macia com água e sabão e enxágüe. Deixe secar á sombra e retire o talco com uma escova.
Forno aromático:
Ás vezes, quando usamos o forno tradicional, ele fica com um cheiro desagradável. Para elimina-lo, limpe com um pano úmido mergulhado em bicarbonato ou leve ao forno, por 15 minutos, a casca de 1 laranja. Assim o odor desaparece.
Recipientes de barro:
Os recipientes de barro são bonitos e conferem um paladar diferente aos seus pratos. Ainda assim, muitas pessoas evitam de usa-los, pois as chamas racha-os com facilidade. Para evitar que isso aconteça, antes de utilizar um recitiente de barro pela primeira vez, deixe-o dentro da água durante 24horas.
Queijeira sempre nova:
As queijeiras com base de madeira são muito bonitas, mas tem um inconveniente: a gordura do queijo entra na base e manha a madeira. Além disso, ela absorve odores. Para não sofrer mais com isso, mantenha a queijeira sempre limpa e, após cada lavagem, esfregue-a com sal grosso.
Acabar com as traças:
Para espantar as incômodas traças dos armários, basta colocar no seu interior vários chumaços de algodão, embebidos com essência de lavanda, ou em álcool canforado.
Tirar a gordura dos potes de plástico:
Muitas vezes as caixas de plástico, onde guardamos os alimentos, ficam gordurosas e por mais que lavamos a gordura não sai totalmente. Para deixa-las impecáveis, você deve começar por limpá-las com toalha de papel e, depois, passar um pano seco. Em seguida polvilhe o interior com um pouco de talco e espalhe-o como se fosse untar. Retire-o imediatamente com um pano seco. Em seguida, lave com água e detergente.
Amadurecendo o tomate:
Se você comprou tomates ainda verdes e quer que eles amadureçam rapidamente, envolva-os em uma folha de jornal e guarde-os fora da geladeira.
Escolher coco:
Antes de comprar um coco, agite-o bem. Se você ouvir o som no seu interior, é sinal de que ele é de boa qualidade.
Eliminar Manchas difíceis:
Todas as donas de casa já se depararam com este problema: "Como é que eu vou tirar esta mancha?" Aqui ficam algumas sugestões para tirar as manchas mais difíceis.
Chocolate: Caso você tenha estragado uma peça de roupa com essa mancha, experimente esfregar o tecido com um pouco de água com sal previamente aquecida.
Chá: Para eliminar essas manchas em roupa de algodão, cubra-as com suco de limão e lave em seguida com água fria.
Fruta: Retire as manchas, colocando a roupa de molho numa solução de água fria com 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio.
Amaciar a carne:
Para amaciar as peças de carne duras, coloque-as para marinar numa mistura de azeite e vinagre, por algumas horas.
Tirar o cheiro do alho das mãos:
Para eliminar o desagradável odor do alho que fica nas mãos, esfregue-as com pó de café e lave-as em seguida com água e sabão.
Bolas de sorvete perfeitas:
Para conseguir bolas de sorvete perfeitas, mergulhe a colher, após cada utilização, em água bem quente. Desta forma, o sorvete sai mais facilmente e as bolas ficam redondinhas.
Couve-flor mais branca:
Para a couve-flor ficar mais branca, basta adicionar um pouco de leite à água do cozimento.
Sal demais na comida:
Se você errou a mão no sal, não jogue a comida fora. Pingue umas gotinhas de limão e, deixe ferver mais um pouco. Vai ficar no ponto.
Dicas Gerais para o dia-a-dia DELÍCIAS IMPERATRIZ
( Fonte: Revista Mulher Moderna)
SOJA: é um alimento extraordinário. Sua proteína é tão importante quanto á da carne, do leite e dos ovos. Não só pelo seu grande valor nutritivo e energético, como também por se prestar para vários pratos, o soja torna-se obrigatória na cozinha vegetariana.
CASTANHA DO PARÁ: é uma das melhores fontes de proteína vegetal. A excelsina, proteína da castanha do Pará é superior à proteína das nozes, das avelãs e amêndoas.
FUBÁ: O milho é um cereal menos rico que o trigo e a aveia, mas de grande valor nutritivo
CASTANHAS: fonte de proteínas que fazem o papel do ovo, da carne, do leite, do óleo e da manteiga, castanhas são fontes protéicas naturais, que devem ser usadas cruas
COCO: A fruta tem vitaminas B, B2, e C, a polpa do coco é antiinflamatória e sua água é considerada um soro vegetal é diurético e calmante, cada 100 gramas contêm 296 calorias, fornece o leite, que se torna uma boa fonte de gordura natural, se usado moderamente.
SALSA: rica em vitaminas e ferro pelos seus componentes minerais, se tornam importantíssimos nos programas de tratamentos naturais, quando a preocupação é proporcionar uma desintoxicação suave.
AGRIÃO: Usa-se em saladas cruas. Ë muito útil em doenças das vias urinárias e ajuda na limpeza do fígado. Além disso é usado para curar a glândula tireóide.
ALHO: ótimo para purificar o sangue e combater infecções. Coloque 3 a 4 dentes de alho num copo de água e deixe repousar durante a noite. No outro dia, tome de hora em hora uma ou duas colheres de sopa, o alho ajuda a iliminar tumores.
c HORTELÃ: Uma planta que possui muitas qualidades curativas. É calmante tônica, combate os vermes intestinais, fortalece o estômago favorecendo a digestão.
PEPINO: o pepino tem várias propriedades, entre elas de ser considerado o melhor diurético natural, hoje é reconhecido sua ação benéfica contra a hipertensão, contém também vitaminas B1, B2,e C.
Caju: é outro fruto produzido no Norte e Nordeste, rico em vitamina C, é vermífugo, diurético e antiinflamatório é recomendado cozinhar suas folhas por 10 minutos para banhar e cicatrizar feridas e inflamações cada 100 gramas contêm 46 calorias o caju também fornece a deliciosa castanha de excelente valor protéico.
AMÊNDOAS: é uma semente de importante valor nutritivo. Originária da Síria, rica em cálcio, fósforo e vitamina B2, pode ser indicada em casos de osteoporose. Seu leite com mel é remédio antigo para acalmar tosses.
Importância de alimentos crus: a ciência admite que o uso de frutas, hortaliças, castanhas e grãos integrais pode retardar as doenças das coronárias, cataratas, cânceres e todos os efeitos do envelhecimento, por serem antioxidantes, essas vitaminas teriam o poder de destruir os radicais livres.
CENOURA: é considerada essencial numa alimentação balanceada pelo seu grande teor de vitamina A, ajuda também combater anemia, aumento de colesterol e verminose, muito rica em cálcio e vitaminas, as folhas amargas têm propriedades curativas.
SAL: se usado em excesso , ele se torna um perigoso inimigo da saúde, ele retém o líquido extracelular nos tecidos e, assim, muitas toxinas ficam igualmente retidas.
c ABACATE: A fruta têm vitaminas A, B, B2, rico em gordura, a cosmética aproveita muito sua polpa para a produção de cremes que evitam o ressecamento do cabelo bom para a saúde, pois não leva a formação de colesterol, forte em sais minerais age também no caso de desnutrição é um alivio para quem sofre de distúrbios digestivos crônicos cada 100 gramas contêm 198 calorias.
Abacaxi: O fruto tem vitaminas C e B1, comer uma fatia de abacaxi depois das refeições auxilia na boa digestão dos alimentos também combate inflamações da garganta, ajuda remover cravos e espinhas cada 100 gramas contêm 52 calorias.
Berinjela: é boa fonte de potássio, fósforo.calcio,sódio e magnésio além das vitaminas B e B2, ela é recomendada para o tratamento de artrites, reumatismo e infecções do sistema urinário.
BRÓCOLIS: os brócolis são importante fonte de cálcio, contém 5 vezes a mais do que o leite, é eficaz antioxidante, calmante, diurético e laxativo.
MAMÃO: A fruta têm vitamina A, C, D e todas as do complexo B, contêm a papaína, uma enzima que facilita a boa digestão dos alimentos, além de agir como um ótimo laxante natural, estimulante de apetite e fonte de energia o leite do mamão é perfeito para amaciar carnes, e o pó de suas folhas secas é ótimo para azia. Cada 100 gramas contêm 32 calorias.
BETERRABA: além de alimento rico em vitaminas e sais minerais, é recomendado também, como laxativo como combate de anemia e para doenças do baço e fígado.
COUVE: por sua riqueza em vitaminas e sais minerais é consumida com freqüência em sucos e é muito importante auxiliar no tratamento de anemias, úlceras e artrite, como contém fibras, ajuda também nas funções intestinais.
BANANA: A fruta tem vitaminas do complexo B e C. Além de hidratante da pele a banana é diurética, cicatrizante, antianêmica e antiinflamatória, consumida ao natural é ideal para o tratamento de gastrite, já a sua casca é recomendado para o tratamento de queimaduras e ferimentos. É um alimento de alta qualidade, com elevado teor de açucares naturais e vitaminas, Cada 100 gramas de banana crua contêm 103 calorias.
ALFACE: é uma das melhores fontes de vitaminas A,B,B2 e C, também contém potássio, fósforo cálcio, sódio e magnésio.
Limão: É um fruto que fornece muita vitamina C, além de ser usado como antifébril, tônico de cabelos, combate náuseas e obesidade e também é usado para combater anemia, tosse e resfriados cada 100 gramas contêm 31 calorias.
Morango: A fruta tem vitamina B1, C, cálcio, fósforo, ferro e magnésio, é um ótimo laxante natural, ajuda a baixar a pressão sangüínea , além de ser indicado no tratamento de reumatismo. Cada 100 gramas contêm 36 calorias.
Pêra: A fruta tem vitaminas A, C as do complexo B, fósforo, potássio, cálcio, cloro, ferro. O fruto consumido ao natural ativa a circulação sangüínea , além de ser digestivo ativa a pressão arterial. Cada 100 gramas contêm 56 calorias.
MANGA: É uma excelente fonte de vitaminas A e C e de açucares, manifesta-se também um pouco de vitaminas do complexo B, proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais.
Os homeopatas consideram a manga um remédio para certos tipos latentes de hemorragia interna, utilizando o chá da casca da manga, no combate de cólicas e com a polpa do fruto e as folhas da planta faz-se um xarope para aliviar os acessos de tosse.
Fonte: WWW.tvbv.com.br
- Alcachofras:
O rei Tolomeu Eurgetes, do Egito (II AC), já alimentava seus soldados com alcachofras. Altamente saudáveis e de sabor agradável, são digestivas, com propriedades medicinais; diuréticas, tônicas e indicadas para artrite, reumatismo, gota, hidropisia, etc...
- Açafrão:
De cor vermelha ou alaranjada, é usado diluído em água, leite ou caldo. Casa bem com frutos do mar. No Oriente, perfuma arroz, carnes e sobremesas. Estimula as funções digestivas, acalma dores estomacais e cólicas menstruais.
- Canela:
Aromatizante, combina com doces, cremes, bebidas doces e picantes, pães, bolos e cucas. Excelente como preventivo da gripe e resfriado, é eficaz nas afecções respiratórias. Boa influencia sobre a circulação sangüínea.
- Cebolinha:
Conhecida também como cebolinha verde ou cebola-de-cheiro, esta erva da Sibéria é utilizada desde a antigüidade e introduzida no Brasil pelos portugueses. De sabor ardente e bem forte, o bulbo e as folhas costumam ser aplicadas picadinhas cruas ou refogadas em verduras, batatas, omeletes, ricota, saladas, carnes e no minestrone.
- Coentro:
Fresco, é o vegetal mais rico em vitamina C. Em grão é usado em pães de mel e licores digestivos. Perfuma saladas, pratos vegetais, molhos, picles, cogumelos á grega e as moquecas. Eficaz contra afecções gastrointestinais, favorece a secreção do suco gástrico e a expulsão de gases.
- Erva-doce:
Usado para dar sabor e perfume em pratos salgados e doces.
- Funghi:
Cogumelos de valor nutritivo altíssimo, saboroso e muito apreciado á mesa pelos comensais devido á delícia do seu sabor.
- Gengibre:
Muito perfumado, é usado para condimentar doces e salgados, bebidas, carnes e massas folhadas. Muito utilizado na cozinha oriental por suas qualidades desintoxicantes, também é expectorantes.
- Gergelim:
Triturado com sal, ganha o nome de gersal e sob esta forma, é usado em saladas, sopas e misturado com arroz já pronto. As sementes são utilizadas para o preparo de pães, biscoitos, molhos e pratos da cozinha Oriental. Além de muito digestivo, tem inúmeras propriedades medicinais.
- Glutamato Monossódico:
É um tempero natural, realçador de sabor e tem algumas características interessantes. Para as verduras e legumes ficarem brilhantes, sem perder as cores, proceda da seguinte forma: coloque-as para cozinhar somente quando a água estiver fervendo e acrescente uma colherinha de óleo, sal á gosto e três pitadas de glutamato monossódico. Se porventura, houver exagero de sal, acrescente um pouco mais de glutamato. Ele tem a propriedade de reduzir o sal. Uma pitada de glutamato em molhos a base de tomate, quebra toda a acidez característica do tomate.
- Hortelã:
Seu nome vem de Mentha, ninfa amada por Plutão e transformada em erva por sua esposa, Proserpina. Planta esta que os gregos consideravam como mágica, devido ao seu sabor refrescante. É excelente para temperar quibes, peixes, saladas, queijos. Além de aromatizar sucos de frutas e verduras, tem um efeito decorativo em sorvetes e gelatinas.
Fonte: WWW.tvbv.com.br
Alimentos: O bom e o ruim para a saúde
(Fonte: Revista Caras )
- Badejo ( peixe):
É bom para crianças, idosos e convalescentes, porque, além de ser boa fonte de proteínas, é de fácil digestão. O ácido graxo ômega 3 presente nele ajuda a baixar o colesterol.
É ruim para pessoas com cise aguda de gota, pois contêm quantidade moderada de purina. Contêm menor quantidade de ferro do que a carne vermelha ou pescados de carne escura.
- Damasco:
É bom para pessoas de todas as idades, porque é boa fonte de vitaminas e minerais, hidratante e de fácil digestão. Compõe dietas de emagrecimento, pois tem um baixo valor calórico.
É ruim para pessoas com doenças renais que precisam de dietas com restrição de potássio, pois é rico nesse mineral. Compõe dieta pobre em fibras, sobretudo com a casca.
- Macarrão:
É bom para atletas e pessoas que gastam muita energia, porque o macarrão é um alimento calórico, com a vantagem de ser de digestão bastante fácil e rápida.
É ruim para pessoas que esteja, fazendo regime de emagrecimento devem evitar o macarrão combinado com molhos fortes, á base de manteiga e cremes.
- Framboesa:
É bom para crianças, sobretudo se consumidas frescas, porque, além de hidratar, é de fácil absorção, por conter açúcar na forma de frutose, e fornece uma boa quantidade de vitaminas.
É ruim para pessoas em regime para emagrecer não devem substituir com elas uma refeição, pois são pobres em proteínas e ácidos graxos essenciais. São muito pobres também em vitamina C.
- Anis-Estrelado:
É bom para abrir o apetite e facilita a digestão, atuando com um estímulo para a ingestão de alimentos mais saudáveis e nutritivos. O chá ameniza cólicas e problemas intestinais.
É ruim porque poder provocar delírios, congestão cerebral e convulsões se ingerido em doses altas. Mas, quando consumido apenas como tempero, não oferece perigo. Não é fonte de nutrientes.
- Batata-Doce:
É bom para crianças, idosos e pessoas convalescentes, pois além de ser energética e boa fonte de vitaminas, tem consistência macia e é de fácil mastigação.
É ruim para pessoas que fazem regime para emagrecer, devendo evitá-las frita ou combinadas com molhos á base de manteiga e cremes. Devem dar preferencia ao alimento cozido.
- Maça Verde:
É bom para hidratar bebês e crianças pequenas, por ser bastante rica em água, nutrientes e de fácil digestão; regula o intestino solto; e auxilia dietas hipocalóricas.
É ruim para suprir necessidades diárias de vitamina C, pois tem baixo teor de desse nutriente; ou para substituir uma refeição, por ser alimento deficitário em energia e proteínas.
- Faisão:
É bom para pessoas de todas as idades, por ser de alto valor nutritivo e de fácil digestão, dietas para emagrecer ou reduzir colesterol, por conter poucas calorías e gorduras.
É ruim para portadores de gota, na fase aguda, devido a quantidade de purina, especialmente nos miúdos; pessoas que precisem restringir proteínas, por ser rico nesse nutriente.
- Tâmara:
É bom para pessoas com obstipação intestinal, uma vez que é boa fonte de fibras. É ainda boa fonte de açucares de fácil absorção de vitaminas como a niacina e a B6.
É ruim para pessoas que necessitam de dietas pobres em fibras, como na caso de colite, pois seu teor de fibras estimula ainda mais o funcionamento do intestino.
- Beterraba:
É bom para pessoas em dieta de emagrecimento, pois possui baixo valor calórico. Quem sofre de obstipação intestinal, por ter leve efeito laxativo. É rica em minerais.
É ruim para pessoas com afecções diarréicas, pelo efeito laxativo. Quem faz dieta para cálculos de oxalato de cálcio deve come-la com moderação, pois tem ácido oxálico.
- Gergelim:
É bom para complementar a dieta vegetariana, por ser boa fonte protéica, desde que acompanhado de cereais ou leite, ovos e queijos, porque suas proteínas não são completas.
É ruim para pessoas com dieta hipogordurosa, como obesos e doentes do fígado, da vesícula, etc...., não devem consumi-lo indiscriminadamente, porque contém muita gordura.
Vitaminas e Minerais: Fonte de Saúde
( Fonte: Revistas Farmais e Cozinha de Ouro)
Tabela de vitaminas:
Betacaroteno/ Vitamina A:
Previne e combate a cegueira noturna, conserva a saúde das gengivas; atua no crescimento de ossos, cabelos e dentes; participa do processo de formação da pele e das mucosas; fortalece as células e previne infecções.
As fontes são as frutas e legumes amarelados, alaranjados e avermelhados (como a cenoura, e a abóbora ); óleo de fígado de bacalhau, fígado, leite e derivados, ovos, couve-de-bruxelas, manga, verduras verde-escuras ou alaranjadas ( como o espinafre e brócolis).
Vitamina B:
Participa do metabolismo dos carboidratos; controla o funcionamento do coração e do sistema nervoso, fortalece a musculatura.
Pode ser encontrado nos cereais e grãos integrais, carnes, aves, gema de ovo, nozes, farelo de trigo, levedura de cerveja.
Vitamina B2:
Transforma a proteína, lipídios e carboidratos em energia; forma e conserva a saúde dos tecidos da pele e dos olhos; participa do crescimento das células vermelhas do sangue.
Você encontra a vitamina B2 nos cereais integrais, leite, fermento, ovo, queijo, vegetais verdes, carne magra, fígado e rins.
Vitamina B3:
Transforma os alimentos em energia, participa da síntese de gorduras, do metabolismo de proteínas e da oxigenação dos tecidos.
Sua fonte natural é fígado, carnes magras, peixe, cereais integrais, fermento, germe de trigo, leite, amendoim, vegetais, ovos.
Vitamina B6:
Alivia os sintomas pré-menstruais; participa do metabolismo, dos aminoácidos ( componentes das proteínas ) e ajuda a absorção de proteínas, gorduras e carboidratos; age como diurético, alivia os espasmos musculares noturnos e cãibras nas pernas.
Pode ser encontrado no fígado, vegetais de folhas verde-escuras, cenoura, gema de ovo, amêndoas, amendoim, cereais integrais e feijão.
Ácido Fólico:
Participa da síntese do DNA ( material genético guardado no núcleo das células); controla o desenvolvimento de células nervosas no embrião e no feto; protege contra a ação dos parasitas intestinais; atua no metabolismo das proteínas.
Você pode encontrar no fígado, vegetais d folhas verde-escuras, cenoura, gema de ovo, amêndoas, amendoim, cereais integrais, feijão.
Vitamina B5:
Ajuda a reconstituir os tecidos corporais; participa da liberação de energia dos carboidratos, do metabolismo das gorduras e da formação dos hormônios.
As principais fontes de vitaminaB5 são ovo, fermento, cereais integrais, fígado, rins, amendoim, soja e carne.
Biotina:
Auxilia o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
Podendo ser encontrada no fermento, fígado, rins, gema de ovo, leite, carne, vegetais em geral.
Vitamina B12:
Assegura o desenvolvimento normal das células vermelhas, da medula óssea, dos intestinos e do sistema nervoso; previne anemia e participa da formação e da regeneração do sangue; mantém a capacidade de concentração e memória.
As fontes naturais é fígado, rins, carnes magras, peixe, leite, ovos, moluscos.
Vitamina C:
Previne e combate o escorbuto, gripes, resfriados e hemorragias; participa da formação de dentes e ossos, da cicatrização de feridas e queimaduras; aumenta a resistência contra infecções; mantém a saúde de dentes e gengivas; ajuda a absorção de ferro; evita a formação de nitrosaminas, substancias que podem causar câncer no aparelho digestivo, participa da produção do colágeno.
Pode ser encontrada na acerola, kiwi, caju, goiaba, frutas cítricas, morango, abacaxi, tomate, couve-flor, batata, espinafre, brócolis, hortaliças cruas.
Vitamina D:
Regula o metabolismo do cálcio e do fosfato, que atuam na formação dos ossos e dentes sadios; previne o raquitismo; reduz os riscos de doenças renais.
Você a pode encontrar no óleo de fígado de bacalhau, ovos, leite, salmão, atum, fígado e manteiga.
É sintetizada com a luz solar.
Vitamina E:
Previne anemia; atua no metabolismo das gorduras; protege a membrana celular; reduz a intensidade dos infartos; alivia cãibras e distensões musculares; acelera a cura de lesões da pele.
Nos homens aumenta o número de espermatozóides.
Suas fontes naturais são os cereais integrais, germe de trigo, soja, óleos vegetais, brócolis, couve-de-bruxelas, soja, espinafre, ovo, castanha-do-pará, carnes, peixes, fígado.
Vitamina K:
Regula os mecanismos de coagulação do sangue, prevenindo hemorragias e sangramentos internos.
Pode ser encontrado nos vegetais de folhas verdes, nabo, gema de ovo, cereais, laticínios, carne.
Tabela dos minerais:
Cálcio:
É essencial para a formação e manutenção de ossos e dentes saudáveis; regula o processo de coagulação do sangue; controla os impulsos nervosos e as contrações musculares.
É encontrado no leite, laticínios, ostras, gema de ovo, sardinha, soja, brócolis, mostarda, tofu, feijão, nozes, amendoim.
Cobre:
Sua função é aumentar a absorção do ferro.
Podendo ser encontrado nos frutos do mar, fígado, trigo integral, ervilha, ameixa, verduras frescas.
Ferro:
Auxilia a formação da hemoglobina ( parte do glóbulo vermelho que leva o oxigênio dos pulmões para os tecidos); melhora a imunidade á doenças. No entanto, em excesso age como gerador de radicais livres.
Suas fontes naturais são: fígado, coração, gema de ovo, ostras, nozes, feijão, beterraba, cereais integrais, carne, aspargos, vegetais de folhas verde-escuras.
Magnésio:
Transforma açúcar em energia; propicia o bom funcionamento dos nervos e músculos; regula as funções dos músculos cardíacos e a síntese de proteínas; protege contra acidentes cerebrais; ajuda a manter o cálcio nos ossos; estimula a produção de enzimas que participam do processo digestivo. Melhora quadros depressivos e de ansiedade, ajuda a minimizar os problemas decorrentes da TPM ( tensão pré-menstual); previne contra cálculos renais e auxilia no combate da pressão alta.
É encontrado nas amêndoas, nozes, castanha de caju, grão-de-bico, milho, ervilha, soja, frutas, leite, cereais em grãos, vegetais, brócolis e espinafre.
Manganês:
Combate a fadiga; melhora a memória e os reflexos musculares; diminui a irritação nervosa.
É encontrado nas nozes, verduras, cereais integrais, gema de ovo.
Potássio:
Regula os batimentos cardíacos; controla os impulsos nervosos e as contrações musculares.
Você pode encontra-lo no tomate, banana, frutas cítricas, nozes, castanha, sardinha, espinafre, cereais integrais.
Selênio:
Aumenta a absorção da vitamina E; mantém a elasticidade dos tecidos; estimula a produção dos hormônios tireóideanos, retarda o envelhecimento.
Pode ser encontrado no germe de trigo, atum, cebola, tomate, brócolis, alho, fígado, rim e a castanha-do-pará.
Zinco:
Participa da digestão e da síntese de proteínas; mantém estáveis os níveis de vitamina A no sangue; ajuda a cicatrização de ferimentos. Protege contra os efeitos do stress, neutraliza os radicais livres, estimula a imunidade a doenças e ativa a produção das glândulas sexuais.
É encontrado nos frutos do mar, carnes magras, peixe, ovos, cereais e farinhas integrais, feijão, pão integral, leite, legumes.
Cromo:
Atua no metabolismo dos açúcares e das gorduras. Sua ação é semelhante á da insulina (ajuda a normalizar o nível de açúcar no sangue). Protege contra diabetes e colesterol alto. Pessoas com deficiência de cromo se tornam compulsivas por carboidratos e chocolates.
A maior fonte são as farinhas integrais ( trigo, cevada, centeio).
Já tive a oportunidade de ler “Yoga para nervosos do Professor Hermógenes” e recomendo a qualquer pessoa que esteja buscando mais harmonia, equilíbrio e paz em sua vida.
Abaixo uma entrevista de Valéria Martins-Stycer com o professor Hermógenes.
Hermógenes, escritor, poeta e pensador
“Já tive a surpresa de ouvir de Chico Xavier que eu era seu escritor favorito. Paulo Coelho, Roberto Shinyashiki e Leonardo Boff já me disseram que me consideram um pensador. Porém, a mídia nunca me entrevistou como escritor. Quando vou a algum programa de televisão, os apresentadores fazem meia dúzia de perguntas sobre yoga e logo pedem que eu faça uma demonstração do “homem-borracha”. Me dá um desgosto... Porque, desse jeito, estou fazendo propaganda da casca da banana, enquanto gostaria de falar do miolo.” - Hermógenes
Quem é Hermógenes? O nome diferente e o conteúdo das obras dá margem a acreditar que se trata de um espírito psicografado ou um filósofo da Grécia antiga. Nada disso. Nascido em Natal (RN) há mais de 80 anos, o filósofo, poeta, escritor e terapeuta José Hermógenes de Andrade Filho - conhecido como professor Hermógenes - vive no Rio de Janeiro.
Um dos seus principais livros é Yoga para nervosos, publicado pela primeira vez em 1965, mas com conteúdo e linguagem absolutamente atuais. Um dos capítulos, por exemplo, caracteriza e ensina como driblar a síndrome do pânico, doença que atinge atualmente 3% da humanidade, e que na época ainda não tinha sido descrita pelos médicos. Apesar de ser mais reconhecido por seu trabalho de divulgação da yoga, hoje em dia o professor dá apenas uma aula por semana e tem uma rotina de escritor. Viúvo, pai de duas filhas e avô de 6 netos, ele mora sozinho num apartamento no bairro do Flamengo e encara a morte como “o sinal para iniciar o recreio”. “É um repouso para quem realmente se preparou para repousar. Quem não se preparou, vai continuar brigando do lado de lá”.
O conteúdo de Yoga para nervosos é absolutamente atual e científico apesar do livro ter sido escrito há mais de 40 anos. Como o senhor explica esse fenômeno?
Os livros clássicos falam de assuntos que estão presentes em todas as épocas. Escrevi Yoga para nervosos com a intenção de aliviar o sofrimento humano, que tem várias manifestações. Na academia, eu recebia muitas pessoas aflitas, preocupadas, angustiadas, estressadas, tensas que, em questão de semanas, começavam a mudar mostrando-se mais seguras e tranqüilas. Percebi uma grande força no meu trabalho e me propus a compartilhar. Não se trata apenas de ginástica. Sempre falei muito nas aulas, mostrando os caminhos para a pessoa mudar, criar um sentido para sua vida, um novo estilo de viver. A falta de sentido na vida é uma neurose gravíssima.
Atualmente, 3% da população mundial sofre de síndrome do pânico. Em Yoga para nervosos, publicado em 1965, o senhor caracteriza a doença e ensina como lidar com os sintomas antes dela ser reconhecida pelos médicos. Como foi isso?
É verdade. Muitos alunos chegavam reclamando: “professor, eu sinto uma coisa terrível...”, “No dia em que a coisa me pega eu quase morro...”. Por isso, incluí no livro um capítulo chamado A Coisa, que explica a síndrome do pânico minuciosamente. Trata-se de um desequilíbrio psicossomático que submete a vítima a sentimentos muito dolorosos sobre os quais ele não tem o menor controle. O pânico nasce justamente da incapacidade de controlar esse estado tão perturbador. A principal estratégia para vencer a crise, conforme ensino no capítulo seguinte, é não se armar para se proteger. A tensão prepara o circuito para o pânico se alastrar. A solução é relaxar.
No primeiro capítulo do livro o senhor conta que, ao lançar a primeira edição, temeu ser criticado pelos médicos pelo fato de ser um leigo propondo soluções e terapias. Como a obra foi acolhida na época?
Eu me surpreendi com a boa acolhida. Acho que foi porque viram uma novidade proposta com muita convicção. Enquanto escrevia o livro, eu também tive o cuidado de me preparar para responder os médicos caso viessem a me criticar. Ao contrário disso, recebi cartas de muitos deles que se curaram depois praticar o que é proposto no livro.
O yoga foi redescoberto de uns 5 anos para cá, ou seja, entrou em moda porém com finalidade mais voltada para a forma física. O senhor acha que a parte filosófica está sendo esquecida pelos novos professores?
Sim. No meu primeiro livro previ que, um dia, o yoga conquistaria gente interessada em perpetuar a uma coisa que acaba: o corpo. Isso é uma insensatez. Quem usa yoga apenas como ginástica - o que é muito agradável e eficaz - está comendo a casca da banana e jogando o miolo fora.
O senhor teve graves problemas de saúde quando era criança e na década de 60. Quais foram esses problemas?
Quando criança eu tive paludismo, que é uma febre decorrente da picada de um mosquito. Já capitão do exército, fui atacado por tuberculose. Esta, quase me matou. O yoga e a medicina me resgataram.
Como e quando o yoga entrou na sua vida?
Naquela época (final da década de 1950), não se ouvia falar de yoga no Rio de Janeiro. Descobri e comprei numa livraria um livro em francês que mostrava o poder terapêutico do yoga e ensinava a praticar. Comecei a fazer escondido do médico. Os resultados foram maravilhosos. Foi aí que assumi o compromisso de, até o fim da minha vida, ensinar as pessoas a se curar através desse método. Foi com essa intenção que escrevi o meu primeiro livro Auto-perfeição com hatha yoga, que foi best-seller na época do lançamento e hoje está na 42º edição.
Como o senhor começou a dar aulas?
Através do livro, as pessoas tomaram conhecimento da minha proposta e passaram a me procurar para ter aulas. Num primeiro momento, recusei-me a transformar yoga em profissão. Eu ainda era membro do exército e me preocupava com viver, na prática, preceitos do yoga como a verdade e a desambição. Porém, um amigo de infância lá de Natal, construtor, alugou para mim uma sala no centro da cidade - a mesma há 42 anos. No início, eu era diretor, professor, faxineiro e secretário. Então, comecei a ter a alegria de ver as pessoas se libertarem dos seus limites, condicionamentos e do sofrimento. A academia se converteu em meu laboratório, de onde tirei fundamentos para escrever meus outros livros.
O senhor é um dos grandes vendedores de livros do Brasil. A que se deve esse sucesso?
Antes de escrever sobre yoga, tive a experiência de escrever livros didáticos sobre História do Brasil, Organização Social e Política e Moral e Cívica. Tomei a iniciativa de escrever porque era professor do Colégio Militar, lidava com esses temas e tinha idéias absolutamente progressistas em relação aos textos vigentes na época. Quebrei a cara. Bati de frente contra uma comissão conservadora que controlava essas publicações e meus livros não foram aprovados. Mas eu sempre soube me comunicar bem.
O senhor conta que em determinada época da vida experimentou um pouco da angústia perfeccionista dos escritores. Como foi isso?
Isso não passou, não. Toda vez que termino um texto fico lendo e relendo a fim de torná-lo mais claro, dar mais força ao que escrevi. É um trabalho de escritor, muito embora eu não me considere escritor.
Autores de best-sellers como Paulo Coelho, Roberto Shinyashiki e Leonardo Boff o consideram como mais do que um escritor, uma espécie de sábio ou pensador. O que acha disso?
É verdade. Já tive a surpresa de ouvir de Chico Xavier que eu era seu escritor favorito. Porém, a mídia nunca me entrevistou como escritor. Quando vou a algum programa de televisão, os apresentadores fazem meia dúzia de perguntas sobre yoga e logo pedem que eu faça uma demonstração do “homem-borracha”. Me dá um desgosto... Porque, desse jeito, estou fazendo propaganda da casca da banana, enquanto gostaria de falar do miolo.
Quando o senhor iniciou sua obra poética e filosófica - composta hoje de 14 livros -- mostrou seus textos a um poeta que lhe aconselhou a burilar mais os versos. Como encarou essa crítica?
Optei pelo conteúdo em vez da forma. Escrevo o que chamo de “Cintilações”. São frases que contém um pouco de doçura, encanto, talvez de beleza, talvez de poesia, talvez de desafio, que facilitam a germinação de sementes de reflexão e questionamentos. Um exemplo: “Enquanto caía, pensava o pingo de chuva: ‘que importa deixar o céu se estou indo fertilizar a terra?’”. Muitos apreciam os meus livros e conhecem o meu nome, mas não sabem se estou vivo ou morto. Uns pensam que eu sou um espírito comunicante. Outros, que eu sou um filósofo grego.
Suas influências vão de Jesus Cristo a Sai Baba, de Helena Blavatsky (fundadora da Teosofia) a Chico Xavier, do sufismo (filosofia do Islã) ao kardecismo. Como foi esse percurso na formação do seu pensamento? Como o senhor concilia mensagens filosóficas tão diferentes? Ou não são tão diferentes assim?
São diferentes na superfície. Na profundidade, é tudo a mesma coisa. Eu sou um farejador. Meu compromisso é com a busca. Sempre li e me interessei por todas as filosofias sem medo, sem preconceito, sem apego. A verdade é eterna e o topo da montanha é um só.
Na dedicatória do livro Canção Universal o senhor diz que, por amor, rezou para sua mãe morrer e, assim, libertar-se do corpo doente que lhe causava sofrimento. Foi difícil tomar essa iniciativa? Como o senhor encara a morte?
Não foi difícil porque ela estava sofrendo demais, com o corpo irrecuperável. Meu amor filial se manifestou através de uma oração para que ela fosse. Cheguei a dizer no ouvidinho dela: “esse corpo não lhe serve mais, mãe. Deixa esse corpo!” Algum materialista vai dizer que eu matei minha mãe. Não é nada disso. Hoje, eu faria a mesma coisa. Porque sei que a morte é uma transição necessária. A morte é o toque para iniciar o recreio. É um repouso para quem realmente se preparou para repousar. Quem não se preparou, vai continuar brigando do lado de lá.
O senhor diz que a yoga “é a viagem dos que, intoxicados de divertimento, acordados pelas abençoadas pancadas das vicissitudes, saudosos da ‘casa do Pai’, (...) se tornaram aspirantes ao Eterno”. O que quer dizer com isso?
Nós vivemos nesse mundo rendidos aos desejos, aos apegos, às rejeições, ao medo, e buscamos soluções na aquisição de bens materiais, gozar prazeres, subir na vida etc. Isso entretém a gente aqui. Quando conseguimos o que queremos, vem um prazer - momentâneo, porque nada é eterno. Se não conseguimos, vêm a tristeza e a depressão. Só existe uma solução: despertar para a verdade superior. Tudo o que está aqui é ilusório. Eu defino ‘infelicidade’ como ‘a pretensão de eternizar o provisório’.
Como é sua rotina aos 82 anos?
Acordo cedo, às cinco horas. Faço algumas práticas de yoga, oração e meditação. Como meu desjejum vegetariano e vou trabalhar no computador. Dou duro sob o ponto de vista do primor e da dedicação. Depois do almoço tiro uma sonequinha e, à tarde, vou novamente para o computador. Nessa época, outono, lá pelas três e meia eu saio para caminhar entre as árvores do Parque do Flamengo. É uma caminhada holística, que todo mundo deveria praticar. Porque existe a caminhada mecânica, na qual o sujeito marcha com walkman, alheio a tudo. Eu procuro curtir a beleza da paisagem, prestar atenção aos detalhes, penetrar em mim mesmo. Quando volto, já está escuro. Tomo banho, lancho frutas e à noite, se me dá apetite, ainda trabalho um pouquinho. Senão, vou ver besteiras na televisão. Durmo mais ou menos às dez e meia.
Sua mensagem é essencialmente de paz, evolução e iluminação espiritual. Como o senhor encara o que acontece no mundo, principalmente depois do atentado terrorista de 11 de setembro? O senhor é otimista quanto ao futuro?
A Bíblia nos conta a história do Filho Pródigo, que começa com um afastamento da casa paterna. O rapaz sai pelo mundo com o bolso cheio de dinheiro, gastando com os amigos, procurando novos prazeres. Chega num ponto em que nada lhe resta. Aí, sente-se miseravelmente. Nessa hora, em meditação, conclui que todo o sofrimento ocorreu por causa do afastamento. O alívio estaria em se reaproximar e se juntar àquilo que ele tinha deixado. Ele volta feliz à casa do pai, que o acolhe muito bem. Porém, se não houvesse sofrido tanto, o danado ainda estaria se alienando. A humanidade está chegando nesse ponto crítico e começa a se preparar para voltar.
Entrevista cedida a: Valéria Martins-Stycer.
Fonte:WWW.virtualbooks.com.br